Adesivos eletrônicos dão inteligência a qualquer objeto
Esta parece ser a realização de todos os sonhos de quem está trabalhando para viabilizar a internet das coisas, onde todos os objetos, da geladeira aos enfeites de mesa, serão equipamentos plugados na internet.
Uma equipe das universidades Purdue e da Virgínia, nos EUA, criaram circuitos eletrônicos de película fina que podem ser aplicados e removidos de uma superfície à vontade.
A técnica não apenas elimina várias etapas de fabricação da microeletrônica tradicional – e seus custos associados -, como também permite que qualquer objeto receba “poderes eletrônicos”, para detectar seu ambiente ou ser controlado remotamente, por exemplo.
Para isso, bastará aplicar sobre a coisa que se quer plugar na internet um adesivo de alta tecnologia, dotado dos circuitos projetados para lhe dar a funcionalidade que você precisa.
Assim, bilhões de objetos, de celulares e relógios até prédios, peças de máquinas e aparelhos médicos podem ser convertidos em sensores sem fio de seus ambientes, expandindo a rede da internet das coisas.
“Nós podemos personalizar um sensor, colocá-lo em um drone e enviar o drone para áreas perigosas para detectar vazamentos de gás, por exemplo,” disse o professor Chi Hwan Lee.
Adesivos eletrônicos
A maioria dos circuitos eletrônicos atuais é construída individualmente em sua própria bolacha (wafer) de silício, um substrato plano e rígido.
A nova técnica de fabricação, chamada de “transferência por impressão”, usa um único wafer para construir um número quase infinito de películas contendo circuitos eletrônicos. Em vez de altas temperaturas e produtos químicos, o filme pode descolar a temperatura ambiente com a ajuda de água.
Uma camada de metal dúctil, como o níquel, inserida entre o filme eletrônico e a pastilha de silício, torna possível o descascamento na água. Esses eletrônicos de filme fino podem ser recortados e colados em qualquer superfície, provendo o objeto de recursos eletrônicos.
Colocar um dos adesivos em um vaso de flores, por exemplo, fez com que o vaso de flores fosse capaz de detectar mudanças de temperatura que poderiam afetar o crescimento da planta – ou seja, os usos são virtualmente infinitos.
Origem: Inovação Tecnológica
Marcelo Peres
mpperes@guiadocftv.com.br
GuiadoCFTV
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