Sete adolescentes foram presos na tarde desta quinta-feira (24), em Londres, suspeitos de integrarem o grupo Lapsus. Os trabalhos aconteceram menos de um dia depois da publicação de detalhes pessoais daquele que seria o líder da organização cibercriminosa, com direito a repórteres batendo na porta da casa onde ele residiria com a mãe, em Oxford.
A polícia divulgou poucos detalhes sobre a prisão, afirmando apenas que sete pessoas com idades entre 16 e 21 anos foram apreendidas e levadas às autoridades. Todos foram liberados horas depois e estão conectados a uma investigação em andamento sobre um grupo cibercriminoso, que continua em andamento. À imprensa, os responsáveis confirmaram se tratar de um inquérito sobre o Lapsus.
Mais detalhes sobre a investigação e a identidade dos jovens, porém, não foram revelados, principalmente por eles serem, na maioria, menores de idade. Mas a ideia é que o criminoso conhecido como White ou Breachbase, que seria o líder do Lapsus, estaria entre as prisões desta quinta, que também derrubam a ideia geral de que boa parte da operação do grupo cibercriminoso seria realizada a partir da América do Sul.
Rivais revelaram identidade do suposto líder do Lapsus
A identidade do suposto líder foi exposta na internet por grupos rivais de cibercrime, que o acusam de dever dinheiro, e reforçada por especialistas em segurança digital, o que acabou levando equipes de reportagem à porta da casa dele em Oxford. Falando à BBC, o pai de White disse desconhecer a participação do filho no grupo, mas disse que ele tem autismo e passa muito tempo na frente do computador — o familiar pensavam que ele estava jogando games e disseram que tentariam reduzir o tempo de tela dele daqui em diante.
Seja por conta da exposição ou não, o grupo Lapsus anunciou nesta semana que alguns de seus membros entrariam em férias até o dia 30 de março. A interrupção nas atividades vem após uma sequência de comprometimentos em grande escala, envolvendo empresas gigantes como Microsoft, Samsung, Nvidia, LG e Mercado Livre, todas com informações vazadas ou ameaças de comprometimento publicadas na última semana.
Um brasileiro, inclusive, estaria entre os membros principais do Lapsus, de acordo com as informações publicadas pela imprensa internacional. E foi justamente em nosso país que o grupo ficou mais notório, após atacar o Ministério da Saúde e diversas outras pastas do governo federal no final do ano passado, chegando a deixar o aplicativo Conecte SUS sem inativo por quase duas semanas.
joao.marcelo@guiadocftv.com.br
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