Chineses usam IA e impressão 3D para construir usina hidrelétrica
Engenheiros chineses trabalham na construção de uma barragem com 180 metros de altura, usando inteligência artificial (IA) e impressoras 3D. A megaestrutura fica no Planalto Tibetano, no sudoeste da China, e fará parte da usina hidrelétrica de Yangqu que deve ser concluída em 2025.
Depois de pronta, a planta de Yangqu fornecerá aproximadamente 5 bilhões de quilowatts-hora por ano de energia elétrica para a população chinesa, se tornando a primeira usina hidrelétrica do mundo a ser totalmente construída sem qualquer tipo de mão de obra humana.
Toda a estrutura será erguida camada por camada, utilizando um processo semelhante ao de impressoras 3D convencionais. A diferença é que para construir a barragem serão usados caminhões, tratores, pavimentadoras, escavadeiras e rolos compressores não tripulados, controlados por um sistema de IA.
Inteligência artificial
Além de ajudar a eliminar erros e acelerar todo o processo de construção, o sistema de inteligência artificial foi projetado para reduzir as chances de acidentes no canteiro de obras. Segundo os engenheiros, ele será usado para supervisionar toda a linha de montagem automatizada da barragem.
A frota de veículos autônomos será capaz de localizar os materiais usados na obra e transformá-los nas camadas do paredão de contenção do lago da usina. Em seguida, rolos automatizados equipados com sensores inteligentes vão exercer pressão sobre essas camadas, tornando-as resistentes e duráveis.
Depois de concluído, os chineses esperam que o projeto se torne a maior estrutura impressa com ajuda de inteligência artificial do mundo, roubando o título que hoje pertence a um prédio comercial de dois andares em Dubai, que possui pouco mais de “míseros” seis metros de altura.
Presença humana
Apesar do uso inédito de inteligência artificial, nem toda a construção será realizada por máquinas e equipamentos autônomos. Como se trata de uma tarefa extremamente complexa, todo o processo de mineração das rochas será feito por trabalhadores humanos.
Por enquanto, a parte não humana da construção se refere ao transporte de materiais e a mitigação de erros operacionais, como usar um rolo compressor automatizado para que ele se mantenha em linha reta, ou imprimir uma estrutura monumental com precisão milimétrica e economia de insumos.
“Essa tecnologia inovadora de impressão 3D, combinada com o uso de inteligência artificial, também poderá ser empregada em diversos outros projetos de infraestrutura, como na construção de aeroportos, estádios e estradas”, encerra o professor de engenharia e autor principal da pesquisa Liu Tianyun.
joao.marcelo@guiadocftv.com.br
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