O Google anunciou uma iniciativa para combater incêndios globais com o lançamento de satélites equipados com inteligência artificial. A ação faz parte de uma parceria entre o Google e diversas organizações, incluindo a Moore Foundation e a Environmental Defense Fund. O primeiro satélite deve ser lançado no início do próximo ano.
Google no combate a incêndios
A rede de 52 satélites, chamada FireSat, será capaz de detectar focos de incêndio com 5 metros de diâmetro em qualquer parte do planeta. As imagens capturadas serão atualizadas a cada 20 minutos, oferecendo dados em tempo real para auxiliar agências de combate a incêndios em todo o mundo.
Essa tecnologia será uma melhoria em relação aos sistemas atuais, que oferecem imagens de alta resolução, mas com pouca frequência de atualização, ou imagens atualizadas rapidamente, mas com baixa resolução.
Além dos satélites, o projeto utilizará a IA desenvolvida pelo Google para detectar e monitorar incêndios. A análise dos dados será fornecida gratuitamente às agências de combate a incêndios, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz no combate aos focos. A tecnologia também ajudará a direcionar recursos limitados para as áreas mais críticas e a planejar evacuações com maior precisão.
Segundo o líder de pesquisa de clima e energia no Google Research, Chris Van Arsdale, a detecção de incêndios em imagens de satélites é um grande desafio, pois muitos elementos podem ser confundidos com focos de fogo, como reflexos e fumaça.
“Detectar incêndios se tornou um jogo de procurar agulhas em um palheiro. Resolver isso permitirá que os primeiros socorristas atuem de forma rápida e precisa quando um incêndio for detectado”, afirmou o pesquisador à MIT Technology Review.
Lançamento previsto
O primeiro satélite, programado para ser lançado a bordo de um foguete da SpaceX no início do ano que vem, testará o funcionamento dos sistemas e a qualidade dos dados gerados.
As organizações parceiras pretendem lançar três satélites totalmente operacionais em 2026, com implantações adicionais nos anos seguintes. A expectativa é que a constelação completa de satélites esteja em operação até o final desta década.
João Marcelo de Assis Peres
joao.marcelo@guiadocftv.com.br
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