Ataques Cibernéticos a Infraestruturas Críticas: Como Proteger Serviços Essenciais Diante de Ameaças Crescentes

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Ataques Cibernéticos a Infraestruturas Críticas: Como Proteger Serviços Essenciais Diante de Ameaças Crescentes

A nova série da Netflix, Day Zero, estrelada por Robert De Niro, apresenta um cenário alarmante: um ataque cibernético em larga escala que paralisa os Estados Unidos, comprometendo transporte, energia e serviços essenciais. Embora fictícia, a trama levanta um questionamento crítico: os países da América Latina estão preparados para enfrentar um ataque desse nível?

Nos últimos anos, infraestruturas críticas se tornaram alvos estratégicos de ataques terroristas, hackers independentes e até operações coordenadas por estados-nação. Em vez de simplesmente roubar dados, os invasores agora priorizam táticas disruptivas, causando danos operacionais e financeiros ainda mais graves.

O Crescimento dos Ataques a Infraestruturas Críticas

De acordo com a Forescout Research – Vedere Labs, até 2024, foram registrados quase 900 milhões de ataques contra infraestruturas críticas ao redor do mundo. Desde 2022, o número de incidentes relatados subiu de 50 para 384, um aumento impressionante de 668%. As ameaças atingiram 176 países, 13 a mais do que no ano anterior.

Segundo Oswaldo Palacios, Executivo de Contas Sênior da Akamai, os ataques patrocinados por governos são diferenciados pela sofisticação, financiamento robusto e impacto devastador. “Quando uma infraestrutura crítica depende de outra, o problema se agrava ainda mais”, alerta.

A ascensão da inteligência artificial também intensificou as ameaças. “Os invasores conseguem identificar pontos vulneráveis rapidamente e gerar malware e ransomware com mais eficiência”, explica Palacios. Além disso, muitas infraestruturas ainda operam com sistemas antigos, tornando-se alvos fáceis para exploração.

Recentemente, a Akamai auxiliou em uma operação policial para desmantelar o grupo Anonymous Sudan, um coletivo hacktivista pró-Rússia conhecido por ataques DDoS massivos contra governos, empresas e setores estratégicos.

Novos Vetores de Ataque e a Vulnerabilidade das APIs

Palacios destaca que as APIs (Interfaces de Programação de Aplicações) serão um dos principais alvos dos hackers em 2025. À medida que as empresas expandem suas operações digitais, as APIs podem expor dados sensíveis e se tornar uma porta de entrada para ataques, aumentando o risco de comprometimento.

7 Estratégias Essenciais para Proteger Infraestruturas Críticas

Diante do aumento das ameaças, a Akamai recomenda sete medidas de segurança cibernética para governos e empresas fortalecerem sua proteção:

  1. Criação de uma equipe de resposta a crises – Garantir que manuais, instruções e planos de resposta a incidentes estejam sempre atualizados.

  2. Mitigação DDoS ativa – Implementar defesas robustas para evitar ataques de negação de serviço e reduzir a carga sobre as equipes de segurança.

  3. Proteção de redes essenciais – Monitorar sub-redes críticas e reforçar os controles de segurança.

  4. Uso de regras WAF personalizadas – Implementar filtros para reduzir tráfego malicioso baseado em localização geográfica.

  5. Avaliação contínua da infraestrutura – Investir em soluções que proporcionem maior visibilidade e controle dos sistemas.

  6. Segmentação de rede moderna – Isolar aplicações críticas sem alterações estruturais, protegendo sistemas operacionais antigos contra ameaças.

  7. Segurança de APIs – Manter um inventário detalhado das APIs, rastrear acessos e proteger pontos sensíveis contra explorações.

A Necessidade de uma Defesa Cibernética Coordenada

A crescente sofisticação dos ataques cibernéticos exige ação imediata e estratégias robustas de segurança digital. A colaboração entre governos, empresas e especialistas é essencial para antecipar ameaças, proteger infraestruturas críticas e garantir a continuidade de serviços fundamentais para a sociedade.

 

 

 

 

 

 

João Marcelo de Assis Peres – joao.marcelo@guiadocftv.com.br

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