Britânicos são o povo mais vigiado do mundo

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Estudo mostrou que existem no país 4,2 milhões de câmeras de circuito de televisão, cerca de uma câmera por cada 14 pessoas.

LONDRES – A sociedade britânica está se tornando semelhante à imaginada por George Orwell em seu romance “1984”, no qual todo o mundo é vigiado pelo “Grande Irmão” do berço ao túmulo, alertou uma agência do governo encarregada de velar pela intimidade das pessoas.

Segundo a “Rede de Estudos sobre a Vigilância”, existem no país cerca de 4,2 milhões de câmeras de circuito fechado de televisão (CFTV), o que equivale a aproximadamente uma câmera por cada 14 pessoas.

Edifícios públicos e privados, a rede do metrô e a maioria dos ônibus são equipados com essas câmeras que filmam continuamente qualquer movimento dos cidadãos.

O chamado comissário para a Informação, Richard Thomas, alertou que o país está caminhando “sonâmbulo” em direção a “uma sociedade submetida a contínua vigilância”.

David Murakami-Wood, co-autor do estudo, declarou à BBC que, comparado a outras nações industrializadas, o Reino Unido é “o país mais vigiado do mundo”.

“Temos mais câmaras de CFTV e leis menos rigorosas sobre proteção de dados e da intimidade”, afirmou.

Segundo o analista, as autoridades tentam recolher cada vez mais dados sobre os cidadãos, e defendem seu suposto direito de não revelar o que sabem.

O sistema de vigilância total a que os britânicos estão submetidos inclui o acompanhamento, por parte da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, de todo o tráfego de telecomunicações que passa pelo Reino Unido.

A combinação de câmaras de CFTV, biometria, bancos de dados e outras tecnologias faz parte de uma rede muito mais ampla de sistemas inteligentes interligados que permitem acompanhar detalhadamente o comportamento de milhões de pessoas, afirma o relatório.

A obsessão das autoridades em saber o que faz cada pessoa o tempo todo aumentou ainda mais com a luta contra o terrorismo.

Segundo Thomas, são recolhidas e armazenadas cada vez mais informações pessoais sobre os cidadãos. A tendência, disse, não se limita ao Estado, pois o mundo empresarial reúne dados sobre cartões de crédito, telefones celulares, sites e outras informações de utilidade comercial.

Algumas dessas atividades podem ser bem-intencionadas e úteis, por exemplo, para combater o terrorismo e a criminalidade, facilitar o acesso aos serviços públicos ou privados e melhorar os serviços de saúde, reconheceu o comissário para a informação.

Entretanto, alertou, um excesso de vigilância e o fato de esta não ser submetida a nenhum tipo de controle pode “favorecer um clima de suspeita e solapar a confiança” entre os cidadãos.

Segundo Thomas, também é fácil cometer erros com os dados reunidos, “o que pode ter graves conseqüências”.

Fonte: Noticias Globo.com

Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV

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Eng° Marcelo Peres

Eng° Eletricista Enfase em Eletrônica e TI, Técnico em Eletrônica, Consultor de Tecnologia, Projetista, Supervisor Técnico, Instrutor e Palestrante de Sistemas de Segurança, Segurança, TI, Sem Fio, Usuário Linux.

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