Webcams para vigilância podem custar R$ 800, preço do iPod nano. Produtos disponíveis no Brasil enviam alertas via e-mail ou celular.
O caso do empresário que testemunhou via internet o assalto à sua casa no Guarujá (SP) envolve um sistema de segurança que não precisa de grandes investimentos para ser feito. Cientes da vantagem da monitoração on-line, mas nem sempre dispostos a pagar pela instalação e manutenção desse serviço, muitos internautas acabam adotando o uso de câmeras digitais — as webcams — na hora de vigiar suas casas e escritórios. O investimento nesse tipo de aparelho com função de vigilância pode ser R$ 800, o equivalente a um iPod nano com 2 GB no Brasil.
Além de servir como ferramenta para evitar assaltos, os equipamentos podem ser úteis no monitoramento de crianças ou idosos. No final do ano passado, por exemplo, a idosa norueguesa Karin Jordal foi salva por uma webcam quando seu filho notou, à distância, que a mãe não passava bem. Ele, que estava nas Filipinas, conseguiu pedir ajuda para um serviço de emergência da Califórnia, onde sua mãe morava. Depois de ser socorrida, a norueguesa afirmou que o filho e a câmera haviam salvado sua vida.
IP400W pode ser movimentada remotamente; no PC, usuário determina o ângulo que deve ser filmado
Há também softwares que podem ser baixados da internet para realizar monitoramento à distância via webcam, confira no link abaixo algumas dicas do site Baixatudo.
Atualmente, há diversas câmeras digitais de vigilância disponíveis no mercado Brasileiro — inclusive alguns que dispensam o uso de computadores para transmitir as imagens ao vivo, pela internet. A TV-IP400W, da TrendNet, é um exemplo disso. A câmera tem um processador embutido e acesso sem fio à web para transmitir dados. Essas informações só são liberadas on-line (nos navegadores Internet Explorer ou Opera) com o uso de senhas.
A câmera com sensor de movimento — vendida por cerca de R$ 1.400 no Brasil — só inicia as gravações quando identifica a presença de pessoas no local pré-definido. O internauta pode receber via e-mail trechos do vídeo, frames (quadros) das imagens capturadas ou fazer uma configuração para que as gravações sejam armazenadas no disco rígido de um computador próximo ao aparelho sem fio.
Outra alternativa que dispensa o PC é a WVC200, da Linksys, com preço sugerido de R$ 1.779. As imagens também podem ser acessadas remotamente por até sete pessoas e um software permite gravação em disco rígido, de acordo com a movimentação ou com horário marcado. Além de receber alertas de e-mail, o dono do equipamento pode ser notificado sobre a presença de pessoas via pager ou mensagem de texto no celular.
A DCS-2100, da D-Link, tem funções parecidas, mas deve ser conectada a um computador com banda larga para transmitir informações ao seu dono — por isso, é mais barata que as outras. O aparelho de monitoração custa cerca de R$ 800 e também conta com sensores de movimento para iniciar a gravação. O usuário pode ser notificado via e-mail quando há imagens de movimentação disponíveis no ambiente monitorado. Assim como a câmera que registrou o assalto no Guarujá, sua lente é fixa (apesar disso, é possível aproximar as imagens em até quatro vezes).
As câmeras digitais que exigem o uso de computador gastam mais energia, já que o PC precisa estar sempre ligado para o equipamento fazer as gravações. O mesmo acontece quando os usuários de câmeras IP (aquelas que dispensam o uso de computadores) querem gravar as filmagens no disco rígido — nestes casos, a máquina precisa estar ligada.
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,AA1384245-6174,00.html
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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