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Europa investe forte em segurança

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Câmeras a cada 185, câmeras com captação térmica de imagem, infravermelhor, integração de alarmes e sensores, esse é o Sistema de Informação Schengen (SIS), projeto de segurança integrada da Europa.

Mais lento do que o antecipado
O Sistema de Informação Schengen (SIS) presta ajuda aos países membros. Com sede em Estrasburgo, na França, o SIS é um elemento importante para a captura daquelas pessoas que desejam cometer ações nefastas na Europa, contando com 20 milhões de bits de dados, grande parte deles referente a passaportes perdidos ou roubados, roubos de veículos e suspeitos de serem criminosos. Todo guarda de fronteira do Schengen conta com um banco de dados de acesso instantâneo – e 200 mil pedidos são recebidos pelo sistema todos os dias. Um novo sistema, o chamado SIS 2, incluirá dados biométricos como fotos e impressões digitais, embora o seu desenvolvimento tenha se mostrado mais lento do que o antecipado.

“Nós assumimos que os criminosos não pararão apenas porque viram uma barreira na fronteira”, diz Beyer, o porta-voz do Ministério do Interior. “A cooperação é bem mais efetiva para o combate ao crime do que uma barreira no meio da estrada”.

Os Estados membros do Schengen ainda podem, sob certas condições, realizar controles fronteiriços nas fronteiras internas. A Alemanha, por exemplo, retomou a checagem de fronteira à época da Copa do Mundo de 2006. Porém, na maioria das vezes, se um país indivíduo entra no território coberto pelo acordo, não dá mais para detê-lo – uma situação que, segundo o chefe da Frontex, Laitinen, revela uma fragilidade do sistema. “O controle de fronteiras é um instrumento muito efetivo e dá à polícia o direito de revistar as pessoas apenas pelo fato de elas estarem cruzando a divisa. Sem isso, o combate ao crime é muito mais difícil”.

No entanto, a UE fez o que pôde no sentido de enfrentar os desafios e enviou dezenas de milhões de euros para ajudar a Eslováquia a controlar a sua fronteira leste com a Ucrânia. De fato, até o início deste ano, muita gente achava que a Eslováquia não receberia permissão para ingressar no sistema devido aos seus problemas de controle de fronteira. Agora, embora não existam cercas de arame farpado, a divisa conta com uma câmera a cada 185 metros. Quando há neblina, as câmeras passam a funcionar com sistema de captação de radiação infra-vermelha. Equipes móveis estão preparadas para operações de última hora. A Frontex também criou um canal de comunicação entre as firmas de tecnologia de fronteira e os agentes em campo, a fim de melhorar a qualidade dos produtos de vigilância disponíveis.

Origem: Notícias UOL

Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV

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