Em presídio câmera sem operador não resolve o problema da vigilância.
FLORIANÓPOLIS – Nove presos fugiram de uma das celas improvisadas na garagem do Centro de Plantão Policial (CPP), no Centro de Florianópolis, por volta das 22h de quinta-feira. Até agora, nenhum deles foi encontrado.
Segundo a delegada Ester Coelho, coordenadora da CPP, o grupo forçou um chapa de aço e conseguiu acessar a rua por um prédio vizinho. Eles estavam em duas celas improvisadas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública no prédio onde funciona a delegacia, na avenida Osmar Cunha.
Lá, os presos em flagrante ficam até serem encaminhados para a Central de Triagem da Capital. Ester reclama que as duas celas estão superlotadas há semanas devido à falta de vagas no sistema prisional catarinense.
Sem um lugar para realocar os presos, os novos detidos se amontoam no local. Na sexta-feira de carnaval, prevendo o aumento no número de autuações, 25 presos foram transferidos em caráter de emergência para a Central de Triagem, no bairro Estreito. Hoje, as celas da CPP abrigam 33 pessoas.
– As celas foram construídas como uma adaptação, para suportarem os presos por poucas horas. Já havíamos comunicado que haveria algum problema, pois os presos não aceitavam a entrada de novos detentos – disse a delegada.
Os nove fugitivos aguardavam a abertura de vagas no presídio masculino da capital. Nas celas da CPP, alguns detidos não tinham espaço para dormir e permaneciam em pé durante todo o tempo. Outros 19 presos que estavam na mesma cela preferiram permanecer no local, em vez de fugir com o grupo.
– Entre os fugitivos, a maioria tem ligação com o tráfico de drogas e possível envolvimento com homicídios na região da Grande Florianópolis – ressalta.
As celas são monitoradas por uma câmera de vigilância, porém não há como destinar um policial para prestar atenção exclusiva, já que o efetivo é reduzido.
Por ClickRBS
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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