PM cria primeiro ‘big brother’ da periferia de SP

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Jardim Elisa Maria vai ganhar 12 câmeras; outras 88 serão instaladas perto de estádios e em avenidas.

Dois jovens aparecem em “atitude suspeita” na tela de um computador instalado na Central de Monitoramento de Imagens da Polícia Militar. Um deles veste moletom verde, capuz e conversa com o amigo. Estão encostados no muro de uma área degradada do centro de São Paulo. As imagens são captadas por uma câmera VG4, de última geração, resistente a pedradas e pauladas, localizada a 12 metros do solo, com capacidade para registrar a placa de um automóvel a 600 metros de distância.

São os primeiros testes que antecedem a instalação de cem câmeras nas ruas da cidade para ajudar a PM no trabalho de prevenção e combate ao crime. O policial que observa a cena manda pelo terminal uma mensagem para o Centro de Operações da PM (Copom), que pede que dois soldados de bicicleta abordem e chequem a identidade dos jovens. “Da central, podemos checar antecedentes e a situação criminal dos dois”, explica o major Wilson de Oliveira Leite, que comanda o Copom. Os jovens são revistados e liberados.

Consideradas acessórios importantes para o aparato de inteligência da Secretaria da Segurança Pública, as cem câmeras devem ser instaladas até o final do mês. Os equipamentos vão se concentrar em três pontos da cidade. Doze delas serão espalhadas pelo bairro Jardim Elisa Maria, na zona norte, local onde, em fevereiro de 2007, seis pessoas morreram em uma chacina.

“O Elisa Maria é um laboratório para testarmos políticas de segurança na cidade. A região já foi alvo, no ano passado, de uma operação na qual 600 policiais ficaram meses acampados no bairro. Depois da retirada dessa força, o governo passou a concentrar investimentos sociais no bairro. Mas não pode haver a sensação de que o ritmo da polícia diminuiu, e as câmeras cumprirão essa tarefa. Vão mostrar que a polícia continua em cima”, explica o secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão.

Para cuidar do monitoramento na cidade, cada policial ficará responsável pelo acompanhamento de dez câmeras. Os custos de todo o sistema de câmeras e transmissão de dados foi de R$ 5 milhões. Marzagão acredita que o equipamento deve funcionar com eficiência, porque outras ferramentas policiais poderão ser usadas simultaneamente. Por exemplo, os policiais que monitoram as imagens podem acessar, na sala de imagens, dados da inteligência policial para fazer acompanhamentos focalizados. Fotos de suspeitos de pertencerem a facções ou de criminosos procurados, números de placas de carros roubados, nomes, endereços e fichas criminais, além de resumos com os tipos de crimes mais freqüentes nos locais monitorados, servirão para nortear o trabalho dos monitores.

Os arredores dos estádios do Pacaembu e do Morumbi são os outros dois pontos da cidade que irão receber esses equipamentos, além dos corredores viários mais movimentados. “Esses locais foram escolhidos porque atraem problemas, já que recebem com freqüência eventos com público elevado”, diz Marzagão.

Origem: http://txt.estado.com.br/editorias/2008/03/08/cid-1.93.3.20080308.21.1.xml

Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV

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Eng° Marcelo Peres

Eng° Eletricista Enfase em Eletrônica e TI, Técnico em Eletrônica, Consultor de Tecnologia, Projetista, Supervisor Técnico, Instrutor e Palestrante de Sistemas de Segurança, Segurança, TI, Sem Fio, Usuário Linux.

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