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Setor de segurança fatura R$ 1,25 bi

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A preocupação com a violência impulsiona o setor de segurança eletrônica no Brasil. O segmento cresce em ritmo acelerado no País e o faturamento da indústria de equipamentos e sistemas eletrônicos atingiu R$ 1,25 bilhão no ano passado. Unidades de negócios de grandes corporações, como a Robert Bosch, cuja sede brasileira é em Campinas, registram curvas ascendentes que impressionam: 100% a cada ano.

Análise de especialistas da Associação Brasileira da Indústria de Elétrica e Eletrônica (Abinee) aponta que o ano de 2007 foi o melhor para o segmento de segurança eletrônica. Apenas na área de sistemas eletrônicos prediais, a subida estimada para o ano passado foi de 10% e 20%. A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 4,46%. As expectativas para este ano são promissoras em decorrência da expansão do setor imobiliário que sustentará a continuidade da ampliação do segmento.

As câmeras de segurança, as máquinas de controle de acesso e os sistemas de combate a incêndio estão em diferentes ambientes como presídios, condomínios fechados, plantas industriais, shopping centers, prédios comerciais e em vias públicas. Especialistas da área dizem que no País o segmento ainda é incipiente, mesmo com duas décadas de presença do setor no mercado nacional. A análise é que há espaço para ampliar as aplicações da segurança eletrônica.

Negócios

Desde 2001, a multinacional alemã Robert Bosch resolveu entrar no negócio de segurança eletrônica no mundo. Por meio do desenvolvimento de produtos e aquisições de empresas, a gigante do setor automotivo se tornou um player forte neste segmento. A empresa ganhou expertise em toda a cadeia do setor e domina hoje desde a fabricação de equipamentos até o planejamento de toda a solução. Os números mostram que a aposta deu certo: a divisão fatura globalmente 1,4 bilhões de euros.

O gerente de vendas e marketing da Divisão de Sistema de Segurança da Robert Bosch do Brasil, Marcos Menezes, afirma que o nicho de negócios da multinacional é o sistema de segurança profissional para áreas como aeroportos, portos, vias públicas, presídios, condomínios, empresas e empreendimentos comerciais. “O Brasil é um mercado que cresce muito e é uma aposta dentro da divisão”, diz. Ele revelou que há possibilidade da implantação de uma unidade de equipamentos no Brasil.

Hoje, as máquinas são importadas de outras plantas espalhadas pelo mundo. No País, são fabricados, em Manaus, apenas dois modelos de monitores de visualização de imagens. A linha de produtos para as soluções de sistemas eletrônicos de segurança tem 13 mil itens no mercado doméstico. Em outras partes do mundo, o portfólio tem 35 mil produtos. “O único importador dos produtos é a própria Bosch e qualquer dúvida ou problema do consumidor é resolvido diretamente com a empresa”, diz.

Menezes afirma que o mercado da região de Campinas está em franca expansão. Ele exemplifica com a central de monitoramento das vias públicas de Campinas, cujo projeto e os equipamentos foram fornecidos pela empresa alemã. “A central recebe informações sobre trânsito, ocorrências da área de segurança pública e da defesa civil”, comenta. Ele cita que há um projeto em desenvolvimento na cidade, em um condomínio fechado, que será um dos maiores da América Latina com 19 centros de monitoramento, além de um ponto que irá centralizar todas as informações.

Origem: http://www.cosmo.com.br/economia/integra.asp?id=218109

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Marcelo Peres
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