Elas estão de olho em você
Proliferam nas grandes cidades os circuitos fechados de TV, que podem ser montados até com webcams e desktops caseiros.
As imagens da pequena Isabella Oliveira Nardoni, de 5 anos, com o pai, a madrasta e dois irmãos, gravadas pelas câmeras de um supermercado de Guarulhos, na Grande São Paulo, poucas horas antes de menina ser morta na Região Norte da capital paulista, comoveram o país, mas não ajudaram muito na apuração do caso. Por outro lado, aquelas que poderiam ser decisivas nas investigações, captadas pelo equipamento instalado no Edifício Residencial London, onde a menina morreu no jardim depois de cair do 6 º andar, não eram armazenadas e estavam restritas à visualização instantânea das áreas monitoradas, o que não inclui a garagem onde a família parou o carro antes de subir para o apartamento. Infeliz coincidência, o prédio toma emprestado o nome justamente da cidade mais vigiada do mundo, já que Londres tem praticamente toda a sua área monitorada por câmeras de TV 24 horas por dia.
A falha no sistema de vigilância do edifício poderia ser facilmente evitada. Hoje, há uma grande variedade de equipamentos disponíveis no mercado, com uma drástica redução no custo de sistemas, que podem não só captar imagens de alta qualidade como armazená-las por dias ou até semanas em dispositivos simples e baratos. Com um único computador, uma pessoa consegue controlar uma miríade de câmeras, por meio de cabos ou mesmo wireless.
A única exigência a mais no PC é que ele tenha uma placa de captura de vídeo e um HD relativamente robusto, dependendo da resolução das imagens e do tempo em que elas serão mantidas no arquivo. De qualquer forma, a máquina é um desktop caseiro, com configuração semelhante à daquelas usadas pelos aficionados em games, por exemplo, ou por quem usa o computador para ver e gravar os programas de TV preferidos.
E a tendência é que, como a sociedade descrita por George Orwell no livro 1984, onde o Grande Irmão monitora incessantemente os cidadãos, os dispositivos de vigilância eletrônica estejam cada vez mais presentes no dia-a-dia das pessoas que vivem nas grandes cidades. A exemplo do que ocorre na própria Londres e em todo o Reino Unido, que tem aproximadamente 5 milhões de câmeras espalhadas nas ruas. Belo Horizonte não chega a tanto, mas também já tem alguns milhares desses sistemas espalhados nas ruas, tanto com as câmeras do projeto Olho vivo, da Polícia Militar, quanto de residências, condomínios e comércio em geral. E até mesmo dentro de casa, com webcams e softwares gratuitos, é possível montar um sistema caseiro de CFTV. Tudo em nome da segurança. Ou da bisbilhotice.
Origem: www.uai.com.br
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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