Nova
versão do protocolo já está a caminho e vai resolver o problema, dizem
especialistas. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OECD, na sigla em inglês), que reúne 30 países de todo o
mundo, divulgou um relatório que aponta que os endereços IP poderão se
esgotar até 2011. Isso porque 85% dos endereços atualmente estão em
uso. O IP, ou Protocolo de Internet, é um conjunto numérico que serve
para identificar determinado equipamento em uma rede.
Mas o esgotamento não é prejudicial, de acordo com o professor José Soares dos Santos, da FIAP (Faculdade de Informática e Administração Paulista). “Isso só ocorreu porque a internet cresceu muito além do que os seus idealizadores sonharam. Hoje, é difícil imaginar o mundo sem ela”, avalia.
O IP encontra-se hoje na versão 4, chamada IPv4, que utiliza 12 números que representam de forma decimal um número que é binário. Um endereço do tipo 192.168.0.128 é, na verdade, uma combinação de zero e um, algo como 11000000.10101000.00000000.10000000, que tem 32 bits. Por isso, as combinações são limitadas, e o rápido desenvolvimento da internet só acelerou o processo de esgotamento.
Mas não há motivos para preocupação, dizem os especialistas. Uma outra versão, a IPv6, deve chegar em meados de 2010 e não só fornecerá mais endereços, mas também aumentará a segurança, já que utiliza números de 128 bits (mais extensos do que os de 32 bits).
Ela não é exatamente uma novidade, conforme conta o consultor em redes de computadores Almir Meira Alves: “O IPv6 já é discutido no meio tecnológico há quase dez anos”.
A grande vantagem é que ele vai oferecer muito mais combinações numéricas, o que deve resolver definitivamente o problema da falta de endereços, explica o consultor. Segundo cálculos matemáticos, o total de novos IPs pode chegar a 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456 endereços. A numeração é hexadecimal, o que significa que são usados números e letras. A capacidade é muito superior ao do IPv4, que permite cerca de 4.294.967.296 de endereços.
Os especialistas não têm dúvidas de que a web vai continuar crescendo. “O IPv6 vai resolver a questão e permitir a manutenção da rede”, afirma o professor Soares. As duas versões, segundo ele, poderão coexistir normalmente. “O acesso à internet não deve ser afetado, pois quem tem o IPV4 não vai sentir mudança nenhuma. Será necessário apenas usar um sistema operacional que ofereça a opção de configurar o IPv6. O Windows Vista, da Microsoft, já tem essa função embutida, por exemplo”, explica Alves.
“Do lado dos provedores, haverá poucas mudanças também. Eles precisarão fazer algum investimento, mas a maioria dos equipamentos recentes já está preparada para o IPv6”, diz. Por isso, pelo menos a princípio, acessar a internet não vai ficar mais caro.
Origem: Canal VoIP – Convergência Digital
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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