Crise traz risco a mercado de PCs, mas País pode superar
Apesar das projeções de queda de receita e investimentos, Brasil é apontado como o terceiro maior mercado do mundo em 2009.
"A
crise nos afeta, mas a grande questão é: estamos no fundo do poço, ou
não?", provoca Oscar Clarke, diretor geral da Intel do Brasil, durante
o anúncio da chegada da família de processadores Intel Core i7 no País,
prevista para dezembro. A empresa refez a previsão de receita do quarto
trimestre, cujo fechamento acontece no dia 27 de dezembro, de US$ 10,1
bilhões para US$ 9 bilhões. O investimento também caiu de US$ 2,9
bilhões para US$ 2,8 bilhões. Diante disso, Clarke aponta que a crise
ainda não é o apocalipse, mas coloca em xeque a credibilidade do
sistema econômico.
Ele
reforça que o momento representa uma crise de confiança, mas que não há
como dimensionar o impacto disso no mundo dos negócios. "Qualquer
coisa dita sobre expectativas é pura futurologia", profetiza. De
qualquer forma, a previsão mundial do setor de semicondutores é de
queda de 9,8% na região das Américas em 2009, segundo a World
Semiconductor Trade Statics. Clarke informa que o ritmo de compras dos
fabricantes de PCs já reduziu por conta da instabilidade econômica e
ainda sinaliza desabastecimento no período de festas, caso não haja
acordo entre os fabricantes e as redes varejistas.
A
previsão da Intel é de que o crescimento do último trimestre seja menor
que o salto registrado no primeiro e segundo trimestres.
Terceiro no mundo
O
Brasil, entretanto, continua sendo citado como o terceiro País que mais
venderá PCs no ano de 2009 pela fabricante de chips. Hoje essa posição
é ocupada pelo Japão, que fica atrás da China e Estados Unidos.A Intel
ainda aposta que 25% dos computadores vendidos serão notebooks, mas
2009 ainda não será o ano em que os dispositivos móveis vão ultrapassar
o volume de venda dos desktops.
Os
netbooks, baseados principalmente nos processadores Intel Atom, devem
encontrar espaço no segmento como uma alternativa entre os desktops e
notebooks para usuários específicos como crianças ou aqueles usuários
ainda avessos à tecnologia. "É uma solução complementar", afirma Elber
Mazaro, diretor de marketing da Intel Brasil. Outra oportunidade de
negócio prevista pela Intel é a banda larga, cujo tema é considerado
crítico para País e, segundo Mazaro, já está na pauta do governo e da
indústria.
Interatividade na TV digital também foi citada,
durante o anúncio da fornecedora, como um serviço disponível aos
brasileiros com a chegada do set top box baseado em arquitetura Intel
no começo de 2009.
Apesar
da diversidade de caminhos para oportunidade de venda de microchips,
Clarke não deu detalhes sobre as expectativas de receita local para
próximo ano. Ele apenas brincou que, no Brasil, "o quadro não é para
relaxar", mas que tudo depende da tecnologia no próximo ano. É o caso,
por exemplo, da inclusão digital. Clarke ainda reforça que os
principais desafios do Brasil são as questões do crédito e da
instabilidade do dólar.
Origem: NextGeneration Center Intel
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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