CFTV para reduzir o roubo de cabos
RioLuz: 50 mil dos 412 mil pontos de luz do Rio estão às escuras.
RIO – Iluminar a cidade é uma das principais metas da Secretaria Municipal de Obras. Alvo de furtos e depredação, a rede elétrica do município vai ser mais vigiada no atual governo. A promessa é do secretário municipal de Obras, Luiz Antônio Guaraná. Além do ônus – ano passado a prefeitura gastou R$ 4,5 milhões na recuperação e na reposição de equipamentos destruídos por vândalos – a influência do problema na segurança pública preocupa. Com 12% dos postes da cidade apagados por conta da depredação, segundo dados revelados nesta sexta-feira ao JB pelo secretário, o risco de crimes à noite aumenta.
– Vamos iluminar os corredores principais da cidade, incluindo os túneis. Um local sem iluminação é um local menos seguro para a população e muito mais vulnerável para a atuação de bandidos – prometeu Guaraná.
Dos 412 mil pontos de luz da cidade, 50 mil estão apagados. Só na Avenida Brasil, onde há 6.500 pontos, 1.300 estão sem luz – ou 20% do total. A consequência dos furtos de cabos, pedradas e tiros em transformadores é a insegurança que ronda a principal via de entrada da cidade. Mais: luminárias e lâmpadas são arrancadas constantemente. Parte do problema Guaraná atribui ao sucateamento da RioLuz. A secretaria vai trabalhar com outros órgão públicos para contornar a situação. A primeira medida é criar um telefone para denúncias de furtos e gatos.
– É importante entender que a prefeitura agora trabalha de maneira integrada – explicou o secretário.
A Guarda Municipal vai reprimir os delitos e informar à secretaria de Obras quando algum material for apreendido. A possibilidade de concretar as caixas de passagem dos cabos é estudada.
A RioLuz já experimentou tampar com concreto armado a caixa de passagem do Túnel do Leme, mas, no dia seguinte, alguém conseguiu remover a tampa a marretadas e furtar os cabos. Furtos de cabos de energia elétrica em viadutos e túneis – onde a fiação é subterrânea ou exposta – são comuns. Em 2008 foram furtados cerca de 300 mil metros de cabos em toda a cidade. Os prejuízos materiais com a troca ultrapassam R$ 500 mil e a população é obrigada a transitar por vias completamente às escuras.
Vigilância necessária
Para a RioLuz, a instalação de mais câmeras de segurança, principalmente nos túneis, é a medida mais eficaz. Nos túneis Rebouças e Santa Bárbara, onde o equipamento está presente, não há registro de furtos de cabos. Sem a vigilância, o Túnel Velho, por exemplo, perdeu 600 metros de cabos e 40 luminárias em 2007 e 2008. A falta de vigilância faz a RioLuz repor cerca de 10 mil luminárias e lâmpadas por ano.
– Estamos providenciando a colocação de câmeras nos túneis onde a Cet-Rio não possui. A secretaria de Transportes já anunciou a colocação de mais câmeras. Isso nos ajuda tanto na segurança das pessoas que transitam quanto na questão do furto dos cabos – comentou Guaraná.
No ano passado, 178 reatores foram furtados no Parque do Flamengo. Desde setembro, a Avenida Brasil perdeu seis transformadores por causa de furtos, o que deixou sem luz os trechos de iluminação pública de Campo Grande e Santa Cruz, além de favorecer o furto de cabos nesses locais.
As ligações clandestinas, conhecidas como gatos, completam a lista de infrações causadoras de apagões. Além dos danos nos equipamentos, como a queima de transformadores, deixam grandes vias completamente às escuras e podem provocar choques elétricos fatais.
Origem: JBOnline
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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