Assustados com o aumento dos índices de criminalidade, os
moradores da Boa Viagem decidiram se cotizar para instalar 32 câmeras
nas ruas do bairro. Os equipamentos e uma sala de monitoramento deverão
começar a funcionar em dois meses.
Roubos
e furtos, principalmente de automóveis, são os delitos mais comuns na
Boa Viagem. No fim de janeiro, porém, uma tentativa de assalto terminou
com a morte do engenheiro Luiz Cláudio Brandão, na Avenida Almirante
Benjamim Sodré, ao lado do MAC, cartão-postal da cidade. A rua,
coincidentemente endereço do prefeito Jorge Roberto Silveira, receberá
o maior número de olhos eletrônicos — pelo menos quatro câmeras serão
instaladas.
O financiamento de equipamentos de segurança abre a
discussão sobre possíveis privilégios das classe de maior poder
aquisitivo. O que faz quem não tem condições de bancar tais mordomias?
Antropóloga do Núcleo Fluminense de Estudo e Pesquisas, Glaucia
Mouvinho lembra que cabe à comunidade decidir se iniciativas como essas
são válidas, mas ressalta que elas evidenciam a falha do Estado:
—
Sou moradora da Boa Viagem e sei que há outros bairros bem mais
complicados e violentos, não muito distantes dali. Se está havendo
financiamento por parte dos moradores, é sinal de que o Estado não está
oferecendo segurança.
Comandante do 12 BPM, o tenente-coronel Elson Haubrichs nega que haja tratamento diferenciado a quem quer que seja:
—
Claro que os rádios melhoram a comunicação e, obviamente, a segurança,
mas a patrulha não atende só à Boa Viagem, e sim à toda região. Além
disso, o 190 está aberto à população inteira, sem privilégios.
Origem: O Globo
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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