Depois do embate
ocasionado pela Lei dos Vigilantes, a Federação Brasileira de Bancos
(Febraban) e a Câmara de Mogi das Cruzes devem entrar em um novo
confronto. As divergências, desta vez, podem ser causadas pelo projeto
de lei proposto pelo presidente da Casa, Nabil Nahi Safiti (DEM), que
estabelece a obrigatoriedade de colocar câmeras de monitoramento nas
áreas externas das agências bancárias.
Consultada pela
reportagem, a entidade declarou que entende que a prerrogativa de
garantir a segurança nas vias é do poder público e não da iniciativa
privada. No entanto, a Febraban considerou que os bancos podem
disponibilizar as câmeras facultativamente, como forma de cooperação
com a Cidade, mas que a garantia de segurança cabe aos poderes
constituídos.
Por enquanto, o
documento ainda não foi aprovado pela Casa e até a votação do projeto,
o autor da proposta reunirá importantes apoios para garantir a
aprovação do texto.
Um dos principais
pontos favoráveis que Nabil apresentará para justificar a necessidade
da Lei será o discurso do comandante do 17o Batalhão da
Polícia Militar, Paulo Roberto Madureira Sales, que deve emitir um
parecer enaltecendo o projeto. "Esta é uma reivindicação da própria
Polícia e que vai favorecer, principalmente, os funcionários dos
bancos", disse o democrata.
O comandante Sales
confirma que a Lei seria bem-vinda. "Trata-se de uma atitude pró-ativa,
que vai aumentar a segurança não só dos usuários como também ajudará na
identificação dos autores de infrações", declarou.
Para Nabil e Sales, os
bancos deveriam ter interesse na legislação porque isso favoreceria os
próprios clientes e também aqueles que circulam pelas imediações dos
bancos. "Em muitos casos, os infratores ficam na saída dos bancos
monitorando os clientes. Com as câmeras, podemos detectar as atitudes
suspeitas e direcionar melhor a ação de investigação", informou Sales.
De fato, o projeto
visa coibir delitos como assaltos, roubos e até fraudes, como golpes
aplicados nos usuários que saem das agências. Mas quando questionados
sobre a possibilidade de colocarem câmeras de monitoramento públicas,
como as da Central Integrada de Emergências Públicas (Ciemp), o
comandante e o vereador titubearam.
"Não dá para colocar
câmera com verba pública em cada estabelecimento", disse Sales. E Nabil
completou: "A Prefeitura está fazendo a parte dela nas ruas. Então, o
que custa para os bancos dar segurança nas proximidades das agências?",
indagou.
Origem: O Diário
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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