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Câmera de vídeo registra imagens na velocidade do pensamento

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Pesquisadores europeus criaram uma filmadora digital capaz de capturar fótons individuais um milhão de vezes por segundo.

Sensor CMOS da câmera, capaz de capturar um fóton a cada 100
picossegundos, o que deverá revolucionar o campo das imagens médicas e
vários outros campos da ciência.

Isto significa que a câmera é capaz de gravar os processos neurais do pensamento viajando ao longo dos neurônios. Falando em linguagem figurada, os pesquisadores afirmaram que sua câmera ultrarrápida é capaz de filmar os "pensamentos" conforme eles acionam as diversas partes do cérebro.

Imageamento médico

O avanço deverá impactar as áreas mais avançadas da ciência, mas principalmente a área do imageamento médico, registrando eventos neurológicos com uma resolução hoje inalcançável e permitindo que os médicos e cientistas analisem o que ocorre no sistema nervoso em geral, e no cérebro em particular, com uma precisão inédita.

Nas pesquisas bioquímicas, os cientistas têm desenvolvido mecanismos engenhosos e complicados para inferir ou deduzir o que está acontecendo em nível molecular nos processos intracelulares. Com a nova câmera, eles poderão simplesmente fotografar essas etapas diretamente, verificando etapas que hoje são apenas objeto de deduções. E com luz visível, sem a necessidade de usar contrastes fluorescentes.

Um temporizador por pixel

O coração da nova câmera é um sensor CMOS com um nível inédito de miniaturização e sofisticação. É o primeiro sensor de imagens com resolução fotônica, no qual cada um dos pixels captura fótons individuais um milhão de vezes por segundo. Isso o torna capaz de registrar processos moleculares com detalhes sem precedentes.

O maior desafio dos pesquisadores foi criar um sistema de temporização capaz de trabalhar com a precisão necessária para contar os fótons individuais capturados. Para não haver nenhum retardo, cada pixel recebeu seu próprio temporizador.

Com capacidade para registrar um fóton a cada 100 picossegundos, e isto em cada um dos pixels individuais, o novo sensor gera uma quantidade incrível de dados. Para coletar todos e formar as imagens, os cientistas tiveram que criar uma nova forma de capturar os pixels e levá-los para o armazenamento. O sistema de leitura de alta velocidade opera paralelamente, transferindo até 10 Gb/s.

 

Origem: Inovação Tecnológica


Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV

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