Equipamentos de segurança mal instalados ajudam bandidos no Rio
Grades, aparelhos de comunicação, câmeras, seguranças: qual é a melhor forma de se proteger contra a invasão de prédios e casas?
Na dúvida sobre como conter a ação de criminosos, o carioca, muitas vezes, acaba caindo numa cilada. De acordo com o Sindicato da Habitação (Secovi-Rio), é grande o número de prédios que buscam soluções de segurança inadequadas. O levantamento da entidade se confirma nas estatísticas divulgadas pelo Instituto de Segurança Pública (ISP): o crime cresceu 23% em julho, em relação ao mesmo período do ano passado.
"Geralmente, a questão da segurança de um condomínio é resolvida em reuniões de moradores, sem a ajuda de um profissional ou empresa especializada. Os resultados são serviços ineficientes e a compra de produtos que deixam moradores ainda mais expostos", diz Raimundo Castro, consultor de segurança do Secovi.
Há dois anos síndico de um edifício no Recreio, Antônio Couto admite que foi só depois da invasão de um dos apartamentos que os moradores optaram pela compra de equipamentos para o edifício: contrataram o serviço de uma empresa especializada em alarmes e câmeras de monitoramento.
"Percebemos que os bandidos estão de olho em oportunidades e os equipamentos inibem os roubos. Acho que todos os prédios deveriam ter a preocupação de treinar funcionários, orientar moradores e gravar as imagens de câmeras. Toda tentativa de reduzir a chance de roubo é válida", afirma.
Há 30 anos no mercado, a Rent Help importou sistema de monitoramento com sensores com raios infravermelhos espalhados pela residência. "A casa é controlada pela nossa central. Se a pessoa entrar e não desativar o alarme, ligamos para saber se está tudo bem. Se ele não fornecer a senha programada, sabemos que está coagido e acionamos o salvamento. Nunca tivemos um caso de roubo consumado", conta o dono da empresa, Francisco Barbosa, com mais de 40 mil equipamentos instalados.
Ao contratar o serviço, que custa cerca de R$ 90 por morador, o cliente recebe um controle remoto, que ativa o alarme da casa e um dos principais recursos em sua defesa: o botão de pânico, ligado diretamente à central.
Importância da prevenção
Muito além das máquinas, outra medida eficiente de proteção é o curso voltado para vigias e porteiros. Com 152 inscritos para 70 vagas na próxima instrução, dia 6, as aulas oferecidas pelo 19º BPM (Copacabana) têm procura até de funcionários de prédios da zona norte.
Durante o treinamento, que tem um dia de duração e dá direito a diploma, os porteiros recebem instruções de procedimentos certos e errados na segurança dos prédios. "É preciso manter o perigo fora do condomínio. Ensinamos medidas de como evitar a invasão. A atenção máxima é um grande aliado", ensina o tenente-coronel Rogério Seabra, comandante do 19º BPM, anunciano que será aberta uma turma para síndicos.
Origem: Notícias Terra
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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