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Câmeras flagram assalto ao vivo, mas polícia vai na casa errada

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SÃO PAULO – Um advogado que gastou R$ 30 mil para instalar um sistema de
segurança na própria casa monitorou à distância, através do computador, um
assalto à residência realizado por três bandidos, na zona oeste de São Paulo. Ao
perceber a ação, Carlos Ergas ligou para a Polícia Militar, que foi ao local,
mas confundiu o número da casa e não conseguiu prender os criminosos.

Do escritório, localizado no Jardim Paulista, Ergas viu toda a ação dos bandidos no Alto de Pinheiros, zona oeste da capital paulista. As imagens do assalto, feitas por 16 câmeras, mostram a empregada da casa lavando a calçada. Ela nem percebe o carro preto do outro lado da rua, onde dentro estão pelo menos quatro ladrões. A empregada já havia terminado a tarefa e estava guardando o equipamento quando dois rapazes saem do carro.

Um deles, de blusa azul, segue na mesma calçada, enquanto outro, de camiseta listrada, atravessa e vai em direção mulher. Ele conversa um pouco enquanto o comparsa dá a volta e surge do lado oposto. Juntos anunciam o assalto.

Por outra câmera é possível ver os bandidos entrando com a empregada na casa. Enquanto isso, o equipamento para lavar a calçada fica do lado fora e não chama a atenção de ninguém.

Os ladrões vasculham todos os cômodos da casa até que encontram o cofre. Eles voltam para a garagem, um deles tira o carro da família e coloca na rua. Enquanto isso, o veículo no qual os ladrões chegaram é levado para dentro da garagem.

Pela câmera da garagem é possível ver quatro homens guardando o cofre no porta malas.

Os bandidos ainda estavam dentro da casa quando três viaturas da polícia militar chegaram. Os PMs saem e vão na casa do vizinho. Nesse momento, os ladrões abrem o portão eletrônico e saem com o carro.

Os policiais ainda correm, mas já é tarde. O dono da casa ficou revoltado.

"Eles (PMs) chegaram cinco minutos antes deles saírem da casa. Era tempo suficiente para uma operação tranqüila da polícia, sem riscos"

– Nós monitoramos, ligamos para o comando da polícia, dando posição dos assaltantes dentro da minha casa, fora da casa, praticamente nos estávamos falando simultaneamente todos os detalhes. Eles chegaram cinco minutos antes deles saírem da casa. Era tempo suficiente para uma operação tranqüila da polícia, sem riscos – declara Ergas.

O porta voz da Polícia Militar do estado de São Paulo, capitão Macera, reconheceu que houve uma falha de comunicação da PM. Disse que a primeira ligação recebida foi de uma testemunha que viu a empregada ser rendida e informou o número da casa errado. Isso desencadeou a série de problemas.

O capitão disse que a PM vai fazer uma reunião para apurar responsabilidades e corrigir os procedimentos.

 

 

Origem: Globo G1

 
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV

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