Mesmo reforçada, segurança do papa é sujeita a falhas
350 pessoas que protegem Bento 16 não conseguiram evitar agressão da quinta-feira dia 24/12.
A segurança papal foi reforçada depois do atentado contra João Paulo II, mas o
dispositivo não é infalível, como demonstrou o ataque desta quinta-feira (24)
contra Bento 16, que já havia sido vítima de várias tentativas de agressão.
Dados divulgados pelos serviços de segurança do Vaticano revelam que 350
pessoas trabalham na proteção do pontífice: 110 membros da Guarda Suíça, o
exército pessoal dos Papas, cem membros da polícia do Vaticano e 140 oficiais,
suboficiais e agentes da polícia italiana.
A agressão a Bento 16 em plena Basílica de São Pedro no início da Missa do
Galo demonstra os limites da segurança do Vaticano, apesar da rápida intervenção
da escolta papal.
A ítalo-suíça Susanna Maiolo, 25 anos, aparentemente desequilibrada, saltou
as barreiras de segurança e jogou Bento 16 no chão, antes de ser interceptada
pelos serviços de segurança.
Em 2008, ela tentou a mesma ação, também durante a Missa do Galo, mas foi
interceptada antes de chegar ao Papa.
Em junho de 2007, um alemão de 27 anos, também desequilibrado, saltou a
barreira que o separava da avenida pela qual avançava o papamóvel, no início de
uma audiência na Praça de São Pedro. Foi controlado em poucos segundos, e Bento
16 nem pareceu ter percebido o incidente.
A agência de notícias religiosas i.media disse que um polonês também tentou
se aproximar do papa em dezembro de 2008 na Basílica de São Pedro.
As medidas de segurança foram reforçadas bastante depois do atentado de 13 de
maio de 1981 contra João Paulo II, que foi gravemente ferido a tiros na Praça de
São Pedro, e principalmente nos últimos anos, por causa da ameaça de atentados
terroristas contra o Vaticano.
A Praça de São Pedro está delimitada por barreiras metálicas, mas o acesso é
livre, exceto durante as audiências, quando os fiéis precisam passar por
pórticos de segurança. Para entrar na Basílica de São Pedro é obrigatório passar
por um detector de metais.
Policiais italianos e membros da segurança vaticana estão constantemente
presentes na área, que também é vigiada por câmeras de segurança. As medidas são
reforçadas em circunstâncias especiais, durante os dias mais movimentados do que
a média, como a Páscoa e o Natal.
Francoatiradores e cães farejadores são acionados, assim como helicópteros,
carros blindados e ambulâncias, explica Enrico Marinelli, antigo diretor do
posto da polícia italiana no Vaticano.
– É impossível que alguns homens e equipamentos garantam totalmente a
segurança do papa, até porque ela poderia limitar sua ação pastoral.
Origem: Portal R7
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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