SÃO PAULO – Escolas públicas de Vila Velha, no Espírito Santo, estão usando um "botão do pânico" contra a violência, cada vez mais frequentes dentro das escolas.
Nelas, o perigo aparece de diversas formas: facas, porrete, estiletes e até armas de brinquedo são ameaças à educação. É uma pequena parte do que é encontrado com estudantes de 15 anos, 16 anos.
– Ninguém aprende com um clima inseguro à sua volta. Educação combina com segurança – diz a diretora da escola Adriana Bertulani.
A atenção com a segurança foi redobrada. Câmeras estão espalhadas por todo canto em escolas de Vila Velha, no Espírito Santo: no refeitório, nos corredores, na biblioteca, no pátio. Tudo é monitorado. Se houver emergência, tem também o "botão do pânico". Com um toque, a empresa de segurança é acionada e o chamado da escola é repassado para o carro da patrulha mais próxima.
O plano de segurança prevê ainda revistas aleatórias com detector de metal, inclusive. A Justiça autorizou esse tipo de ação junto aos estudantes menores de idade. Agora, a preocupação não é só com o que acontece dentro da escola. Câmeras estarão apontadas para as ruas que cercam os colégios do município. A suspeita de venda de drogas, por exemplo, também pode ser motivo para acionar o botão do pânico.
– O traficante vem atrapalhar a gente e vai pensar duas vezes. O botão do pânico avisa que a polícia vem pegá-lo. Temos pessoas especializadas de olho. Aqui não tem lugar para impunidade – comenta o secretário de educação de Vila Velha Heliosandro de Mattos.
A experiência com as câmeras foi testada em uma escola de Vila Velha no ano passado. Flagrantes foram registrados: jogo de futebol, confusão, briga e um aluno que tira um canivete do bolso do colega para ameaçar outro estudante. Ninguém se feriu.
O botão do pânico vai reforçar a segurança em pelo menos 50 escolas do município. Boa notícia para a mãe de Luis e de Guilherme. Os filhos dela passam a maior parte do tempo na escola.
– Me sinto bem sabendo que meu filho está em um lugar bem guardado, bem protegido. Está fazendo o correto, estudando – comenta a mãe de aluno Jayra Vieira da Cruz.
Origem: O Globo
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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