Nos últimos dois anos, como forma de ampliar sua atuação no mercado corporativo, o Grupo Policom – líder no mercado nacional de distribuição de produtos para Cabeamento Estruturado, direcionados a aplicações de dados, voz, vídeo e controles prediais – vem investindo no segmento de CFTV, via parceria com a Pelco.
Iniciada em fevereiro de 2008, essa parceria mereceu investimentos significativos na formação de estoque para pronta entrega e na formação de equipe dedicada, treinada e continuamente atualizada nas tecnologias disponíveis.
A meta é se tornar referência no segmento, repetindo o que foi obtido com o cabeamento estruturado. O objetivo é firmado também na própria evolução da tecnologia CFTV IP, dependente da infraestrutura dominada pela equipe do Grupo Policom e por seus clientes diretos: os integradores. Para cumprir seus planos, o Grupo Policom está estimulando seus parceiros de cabeamento para absorver esse mercado de CFTV e também conquistando novos parceiros que já atuavam em segurança e agora têm as empresas do Grupo Policom como uma opção em equipamentos de CFTV e cabeamento. Ao se posicionar como um distribuidor de CFTV altamente focado e experiente em redes, o Grupo Policom pretende desenvolver esse mercado, auxiliar também o consumidor final, dando-lhe informações e formação, atuando no desenvolvimento desse mercado, principalmente do CFTV IP, de forma semelhante ao que foi realizado com o mercado de cabeamento estruturado. Nesta entrevista, Marcelo Merlim, um dos reponsáveis pela área de CFTV no Grupo Policom fala sobre as tendências da atividade e os diferenciais do Grupo Policom e das soluções que disponibiliza. A atividade de CFTV pode ser considerada recente para o Grupo Policom. Mesmo assim, vem se destacando. Quais os motivos que respondem por isso? Mais do que ser um distribuidor que entrega a mercadoria em estoque, o Grupo Policom tem um suporte que ajuda o integrador, seja no projeto, seja no seu desenvolvimento e implantação. Além disso, independentemente de a solução ser analógica ou IP, o Grupo Policom tem como oferecer a solução completa, desde a captura de imagem (lente e câmera), o meio de transmissão (cabo óptico ou metálico), digital ou analógico, e o gerenciamento e o armazenamento dessas imagens, sempre com equipamentos profissionais de alta performance. Além desses diferenciais, para o integrador, há também o suporte pré e pós venda, desde a proposta até a instalação, prestado por profissionais especializados nas soluções. Desse modo, com a unificação da infraestrutura para telefonia, dados e vídeo, incluindo CFTV, a equipe do Grupo Policom ajuda e auxilia, fornecendo suporte, orientação e soluções desde o cabeamento até a integração disso tudo ao CFTV. Nossa especialidade é a convergência IP e essa é também uma tendência. Como o Grupo Policom vê a migração do modo analógico para o IP? Enxergamos no CFTV a grande tendência de mercado. Hoje, 100% dos projetos novos são 100% IP. O Grupo Policom não toca projeto novo que não seja IP. Quando o cliente necessita de instalação analógica, o Grupo Policom trabalha já pensando em migração futura. Trabalhamos com produtos analógicos em processos com verba que torna impeditivo o uso de CFTV IP, mas usamos como infraestrutura os cabos UTP com baluns da NVT que fazem o casamento de impedância entre o cabo UTP e os gravadores digitais analógicos, tornando o custo acessível e favorecendo a migração IP. Com equipe atenta às mais novidades tecnológicas, aponta a convergência IP como uma tendência. Haveria outras tendências? A possibilidade de uso de inteligência em CFTV é uma outra tendência. Hoje, são pedidas soluções inteligentes, cada vez menos dependentes de decisão ou percepção do operador. Desse modo, o sistema é programado para decisão em situações específicas e até inusitadas, tomando a decisão de automaticamente gravar, alarmar e estocar a imagem. Exemplos de inteligência podem ser facilmente inseridos em sistemas de CFTV IP, como contagem de objetos, alarmar quando há movimento indevido (trafegar na contramão, abandono e retirada de objeto, simulação de queda etc.), sabotagem da câmera, identificação de forma humana e de placa de veículo, entre muitas outras possibilidades. Especificamente com relação às câmeras, quais as novidades e vantagens em usar equipamentos IP? Por volta do ano 2000, quando se desenvolveu o protocolo IP, todas as câmeras tinham qualidade de imagem limitada devido à infraestrutura de rede e devido ao processamento e storage. Hoje, com a criação de métodos de compressão mais eficientes (H264), o mercado de CFTV pode investir em câmeras de alta resolução, tecnologia megapixel, principalmente pelo avanço tecnológico dos storages, processadores e meio de transmissão em rede Gigabit. Para o usuário final, a grande vantagem é a de que uma imagem, mesmo sendo gravada a longa distância – até cerca de 1 km de acordo com o equipamento utilizado e o objeto mostrado – pode ser visualizada em pequenos detalhes, permitindo a identificação de rostos, objetos, placas de veículos etc. Storage ainda é um gargalo no segmento de CFTV? Qual o futuro? Em muitos casos, o investimento foca o sistema de transmissão, colocando em segundo plano gravação e armazenagem das imagens. A solução hoje é a utilização de NVR (Network Video Recorder). Em futuro próximo, serão substituídos pelo banco de dados já existente na empresa ou por ela utilizado como data center. Hoje, o mercado busca um protocolo único de comunicação IP em que todas as câmeras conversarão com todos os equipamentos de gravação e de gerenciamento. Com isso, a utilização de um storage único vai ser mais fácil. Convergência é um conceito atual e que é favorecido pelo uso de tecnologias não dedicadas. No caso de CFTV isso esbarra em protocolos, que tornam o sistema muitas vezes incompatível com soluções de fabricantes diferentes. Como está o movimento de unificação do protocolo? Hoje, em âmbito mundial, dois principais órgãos centralizam as atenções da indústria. A diferença entre eles é apenas de linguagem técnica, não sendo, portanto, aparente para o usuário. Essas decisões estão sendo tomadas em âmbito mundial. Desse modo, o Brasil nada pode fazer, a não ser aguardar as decisões, pois a negociação do protocolo é feita diretamente entre os fabricantes, que são empresas mundiais. Um dos fabricantes, no entanto – e coincidentemente nosso parceiro – vem investindo e tomando a iniciativa de tornar seu equipamento compatível com os dois protocolos. Por isso, acreditamos em novidades para breve. Como o protocolo impacta sobre o sistema? Para o usuário não há diferença, só que enquanto não houver unificação, todos os sistemas são dedicados, tornando o usuário refém do fabricante. Qual o futuro para o sistema de CFTV? O futuro está diretamente ligado à metadata, que é a capacidade de identificação de pessoas ou objetos por características específicas. Isso é possível graças à utilização de câmera de alta resolução e alto processamento de dados.
Origem: http://www.grupopolicom.com.br/
Marcelo Peres Editor do Guia do CFTV
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