Câmeras podem confirmar negociação por propina
O sargento Marcelo Martins, acusado de cobrar R$ 10 mil de propina para liberar o carro do atropelador do filho da atriz Cissa Guimarães, se apresentou domingo (25) para cumprir prisão administrativa.
Na manhã deste domingo (25), o sargento Marcelo Leal de Souza Martins se apresentou para cumprir prisão administrativa em um batalhão da Polícia Militar, na Zona Sul do Rio.
O cabo Marcelo Bigon já tinha se apresentado no sábado. Os dois foram acusados por Roberto Bussamra – pai do rapaz que atropelou e matou o filho da atriz Cissa Guimarães – de cobrar R$ 10 mil de propina para liberar o carro do filho e não levá-los à delegacia. Roberto admitiu ter pago R$ 1 mil.
Com base em informações do depoimento, o Fantástico reconstituiu a sequência dos acontecimentos depois do atropelamento.
As câmeras da companhia de tráfego registraram o momento em que o Siena preto deixa a saída do túnel onde ocorreu o acidente, seguido pelo carro da Polícia Militar.
Na versão da família do atropelador, o grupo parou logo em seguida, na Rua Visconde de Albuquerque, um local protegido por árvores, onde não há câmeras de trânsito.
Uma preocupação dos policiais, segundo contou a família Bussamra, era esconder o Siena. Segundo o depoimento, eles seguiram então para um posto de gasolina na Praça Santos Dummont, no bairro da Gávea – a apenas um quilômetro e meio do ponto anterior.
O Siena foi deixado lá, enquanto Rafael Bussamra e o amigo que estava no carona entraram no carro da polícia e seguiram para a Rua Pacheco Leão, no Jardim Botânico.
Roberto Bussamra, pai de Rafael, contou que ele e o filho mais velho, Guilherme, foram instruídos a encontrar o grupo num trecho da rua escuro e pouco movimentado durante a madrugada.
Mas para chegar até a Rua Pacheco Leão e sair dela, os policiais tiveram que passar por um complexo de prédios onde funciona a sede da TV Globo. As câmeras de segurança registraram imagens que podem confirmar a versão da família Bussamra.
Às 3h27, um gol da Polícia Militar passa pela portaria da entrada principal. Outra câmera registra a viatura contornando o quarteirão e entrando na Rua Pacheco Leão.
Às 3h46, uma terceira câmera, posicionada no trecho da Rua Pacheco Leão usado por quem sai do bairro, mostra um gol da polícia sendo seguido por um Celta prata. O carro usado por Roberto Bussamra naquela noite foi um Celta prata.
Depois de liberado pelos PMs, o Siena do atropelador foi levado para uma oficina, onde os reparos começaram a ser feitos.Segundo um perito, foi o suficiente para prejudicar a investigação.
“A trajetória do corpo e onde estaria a posição do contato da cabeça, que nos dá a velocidade, foi retirado. Isso tudo vai dificultar o trabalho da perícia. Nós estamos aqui diante de um crime de trânsito e, enquanto crime de trânsito, ele demanda um procedimento do Estado. A autoridade policial deve isolar e guarnecê-lo, para que se proceder o trabalho da perícia criminal, que é o trabalho que vai reconstituir a dinâmica do acidente para que se apure causas e se apure a responsabilidade do acidente”, explica o perito Rodrigo Kleinubing.
A Polícia Militar informou que as viaturas são monitoradas por um sistema de GPS. E que vai pedir à empresa responsável pelo sistema os dados do carro dirigido pelos policiais Marcelo Bigon e Marcelo Leal, na noite do atropelamento.
Origem: Fantástico
Engº Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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