Câmera-robô pode ser usada para proteger espaços brasileiros
Equipamento apresentado em Feira de Segurança em São Paulo já é usado em países do Oriente Médio e na Coréia do Sul.
Câmera-robô
Uma câmera-robô projetada para detectar e monitorar pessoas e veículos a partir de quatro quilômetros de distância pode ser uma opção para a proteção dos aeroportos brasileiros, no momento que o País se prepara para receber a Copa do Mundo de 2014. “Os anos que estão por vir vão nos obrigar a repensar amplamente todo o sistema de segurança pública”, garante José Danguesi, diretor da 6ª Feira e Conferência Internacional de Segurança, que terminou nesta quinta-feira, em São Paulo e exibiu diversos equipamentos de segurança.
Visando esse mercado, a Samsung apresentou o SGR, câmera-robô blindada que possui câmera térmica, câmera para a escuridão total, um telêmetro a laser (que mede exatamente a distância do alvo até o robô) e um suporte para se colocar uma arma (letal ou não). Segundo Pedro Duarte, vice-presidente da Samsung Techwin para América Latina, “a sentinela automática” localiza um fugitivo ou um invasor, acompanha seus movimentos e, se necessário, um operador ordena o disparo.
O equipamento já é usado em alguns países do Oriente Médio e no depósito principal de combustível da Coréia do Sul. Questionado sobre a viabilidade do seu uso no Brasil, Pedro explicou que o modelo “com arma pode ser usado para a área militar, como a proteção de bases aéreas ou depósitos de munições e o sem arma pode ser usado em aeroportos, portos e refinarias”. Ele acrescenta que o uso é indicado em locais onde “é justificável ter armas e [tenha] autoridades competentes para utilizá-las”, já que o sistema não pode ser programado para atirar automaticamente.
O custo de uma câmera-robô, incluindo todo o sistema necessário para o seu funcionamento (radares, software e central de comando), varia de US$ 80 mil a US$ 250 mil (modelo blindado e com suporte para armas), mas é preciso levar em consideração que apenas um robô não é suficicente para proteger todo entorno de um aeroporto brasileiro. Como Pedro ressalta “dependendo da área que se quer proteger, é necessário até quatro robôs.”