Há em Santos atualmente 30 câmeras de vigilância instaladas em locais considerados estratégicos.
O Sistema Informatizado de Monitoramento (SIM) da Prefeitura de Santos ganhará aliados importantes no combate e na prevenção de crimes: os condomínios residenciais, que poderão dispor e afixar câmeras voltadas para a rua, no formato das 30 que já operam na orla, no Centro e na Área Industrial da Alemoa.As imagens serão monitoradas 24 horas por dia pela equipe do SIM, agilizando o atendimento de ocorrências. Segundo o secretário municipal de Segurança, Renato Penteado Perrenoud, a possibilidade de integração sempre existiu, mas só agora houve a primeira adesão.
Trata-se do Condomínio Jardins da Grécia, na Ponta da Praia. O condomínio investirá na compra dos equipamentos, fios e cabo de fibra ótica. A Prefeitura entrará com a instalação e o serviço de monitoramento. "A parceria é possível com qualquer entidade privada. Não importa a localização do edifício, porém, quanto maior a distância da rede de fibra ótica, maior será o gasto para interligar o imóvel ao sistema. Em média o investimento é de cerca de R$ 38 mil".
Os parceiros recebem as especificações dos equipamentos que são necessários para a instalação e monitoramento das câmeras para fazer a cotação e a compra do equipamento. Desde 2006, quando começou a funcionar, o SIM registrou 12 mil intervenções, coibindo uso de drogas, furtos e tentativas de roubo, entre outros crimes. O diretor de Comunicação da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE SISTEMAS ELETRÔNICOS DE SEGURANÇA, Rogério Reis, prevê um crescimento nesse mercado em função das parcerias. "Esse tipo de parceria começou a ser adotado há pouco tempo e será o futuro. Já estamos crescendo 15% ao ano e a expectativa é de acelerar esse ritmo em função desse formato de segurança preventiva".
Sicon
O sistema de monitoramento em vídeo já é obrigatório em empresas e, sobretudo, em condomínios residenciais, diz o presidente do Sindicato dos Condomínios Prediais do Litoral Paulista (Sicon), Rubens Moscatelli. O que não é comum e nem justo, segundo ele, é que os custos sejam repassados aos condôminos.
"Do jeito como está sendo feita, essa parceria joga a responsabilidade de investir em segurança nas áreas públicas para iniciativa privada e para as pessoas. Isso é atribuição do Estado". Para ele, a parceria é mais que bem-vinda, mas o gasto deveria ser financiado pelo Município. Atualmente, o SIM conta com 20 câmeras na orla, cinco no Centro Histórico, três na Alemoa e uma móvel.
Na orla, equipamentos quebrados
Das 30 câmeras de vigilância que integram atualmente o Sistema Informatizado de Monitoramento (SIM), 10 estão quebradas ou passando por manutenção. Um dos pontos da orla que contava com o equipamento, no Posto 5, próximo à Rua Alexandre Martins, no bairro Aparecida ficará sem o serviço por tempo indeterminado.
No local há apenas o suporte para a instalação do equipamento. Por causa de um acidente de trânsito, a câmera que estava instalada no local caiu no chão e quebrou. "Como não há possibilidade de conserto, termos que substituí-la. Mas, por enquanto, estamos sem verba para isso", esclareceu o secretário municipal de Segurança, Renato Penteado Perrenoud. O auxiliar de almoxarifado, Carlos Oliveira Silva criticou o grande número de câmeras danificadas, em prejuízo da população. "Na minha opinião é um descaso que mais de 30% dos equipamentos estejam sem funcionar". Por questão de segurança o secretário , ele preferiu não informar a localização dos pontos cegos, mas afirmou que essa manutenção é muito dinâmica. "Há alguns dias eram 12 sem funcionar. Agora são apenas 10", disse ele.
(Jornal A Tribuna/SP – 13/04/2011)
Origem: http://www.abese.org.br/clipping03-05-2011/
Engº Marcelo Peres
mpperes@guiadocftv.com.br
Editor do Guia do CFTV
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