Ícone do site GuiadoCFTV

As maiores fake news sobre vacinas contra COVID-19

Listen to this article

As maiores fake news sobre vacinas contra COVID-19 Para o controle da pandemia da COVID-19, governos e pesquisadores apostam no desenvolvimento de uma vacina eficaz e segura contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Com um imunizante pronto, centenas de milhares vidas poderão ser poupadas, a partir de campanhas de vacinação em massa. Pelo menos é esse o plano, mesmo que uma série de fake news tente implantar medo, contestando os benefícios desses medicamentos.

Com discussões tomando as redes sociais sobre o tema, foi observado um aumento de 383% em postagens com conteúdo falso ou distorcido sobre vacinas contra a COVID-19 no Brasil, dentro dos últimos dois meses. É o que aponta o último levantamento da União Pró-Vacina (UPVacina), grupo ligado à USP Ribeirão Preto.

Para evitar esses compartilhamentos, o Facebook, por exemplo, começou a adotar medidas, como sinalizações sobre a qualidade dos conteúdos e parcerias com agências de checagem de informação. Por causa dessas medidas, um grupo antivacina, neste mês, abriu um processo contra o Facebook e, especificamente, suas ações de fact-checking. E isso não é fake news.

Uma das grandes dificuldades para definir se as notícias se tratam de fake news ou não é que parte significativa desses compartilhamentos mistura informações reais com afirmações falsas e imprecisas sobre o tema. Em outras palavras, as fake news sobre a COVID-19 se sofisticaram e, assim, encontram um maior alcance e conseguem manipular mais a informação. Se agora os boatos giram em torno do imunizante, vale lembrar que, ainda na pandemia, muita notícia falsa já rodou por aí, inclusive ensinando receitas bizarras, como consumir água sanitária para combater a COVID-19.

Bill Gates e os implantes de microchips

No universo das fake news, uma das associações mais populares é entre a COVID-19 e Bill Gates, atual filantropo e fundador da Microsoft. Através da Fundação Bill e Melinda Gates, ele estaria envolvido em um plano que originou a pandemia da COVID-19 e essa tragédia seria aproveitada para implantar microchips na população mundial. Por usa vez, cada microchip permitiria o controle externo de pessoas com antenas 5G.

Uma das grandes dificuldades para definir se as notícias se tratam de fake news ou não é que parte significativa desses compartilhamentos mistura informações reais com afirmações falsas e imprecisas sobre o tema. Em outras palavras, as fake news sobre a COVID-19 se sofisticaram e, assim, encontram um maior alcance e conseguem manipular mais a informação. Se agora os boatos giram em torno do imunizante, vale lembrar que, ainda na pandemia, muita notícia falsa já rodou por aí, inclusive ensinando receitas bizarras, como consumir água sanitária para combater a COVID-19.

Esses boatos começaram a surgir ainda em março, quando o empresário afirmou que “teremos alguns certificados digitais” ​​para mostrar quem já se recuperou de um caso da COVID-19, foi testado ou recebeu a vacina, sem nenhuma menção a microchips e a tecnologia 5G. A ideia era criar uma espécie de passaporte para quem já tivesse se recuperado da infecção.

Bill Gates é alvo de fake news sobre vacina contra a COVID-19 (Imagem: Reprodução/Twitter)

 

A partir disso, textos sobre como Gates planejava implantar microchips para combater o coronavírus começaram a ser compartilhados, de forma viral, nas redes sociais. Junto de afirmações sobre a COVID-19, os criadores de fake news resgataram um projeto da Fundação que planejava utilizar uma “tinta invisível”, que pode ser aplicada na pele, e que funcionaria como um registro de vacinação.

Veja bem: nunca existiram afirmações sobre um microchip que seria implementado em humanos e, sim, uma tinta especial. Além disso, a tecnologia original dessa espécie de “tatuagem” não permitiria o rastreamento de pessoas e nem inclusão de informações em banco de dados para vigilância.

“Gates é um alvo frequente destes rumores, porque, através de sua fundação, ele financia muitas instituições de saúde e científicas. Especificamente em relação à COVID-19, ele deu uma palestra há alguns anos, falando que havia um grande risco da humanidade enfrentar uma pandemia“, explica João Henrique Rafael Júnior, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto. Isso foi um prato cheio para os conspiracionistas.

Kanye West e a marca da besta

, de diferentes culturas e credos, e os inúmeros institutos públicos, espalhados por todo o mundo, tenham envolvimento formal com qualquer seita que seja.

Sair da versão mobile