Cibercrime: conheça os ataques mais comuns no país durante a pandemia
Cibercrime: conheça os ataques mais comuns no país durante a pandemia
Em entrevista ao Olhar Digital, analista de segurança da Kaspersky revela que adesão massiva ao home office e maior uso de celulares no período dispararam ciberataques relacionados à atual realidade
O cenário da pandemia do novo coronavírus permitiu aos cibercriminosos intensificar a disseminação de ameaças pela internet e atingir ainda mais vítimas no mundo todo. No Brasil, não é diferente, e os hackers estão se utilizando do tema Covid-19 para enganar os usuários.
Em entrevista ao Olhar Digital, Fabio Assolini, analista sênior de Segurança da Kaspersky no Brasil, revelou quais são os ciberataques mais comuns no país usando a temática – sendo que houve um boom de ataques em março, retornando aos volumes considerados normais a partir de maio.
Alguns ciberataques específicos relacionados à atual realidade aumentaram, tais como ataques de phishing pelo celular, visto que as pessoas estão usando o aparelho muito mais na quarentena. Consequentemente, o criminoso sabe disso e se aproveita.
“As promessas dos cibercriminosos são as mais variadas. Desde a oferta gratuita de máscaras, álcool gel e cestas básicas, até o acesso antecipado aos benefícios oferecidos pelo governo”, afirmou Assolini.
Fabio Assolini, analista sênior de Segurança da Kaspersky no Brasil. Foto: Divulgação
Outros ataques que aumentaram, segundo ele, foram os financeiros. O acesso ao internet banking também cresceu consideravelmente por conta de compras e pagamentos de contas online, o que impulsionou mais trojans bancários
Um exemplo foi a campanha maliciosa usando o nome de uma farmácia, que enviava uma fatura de compra de álcool gel no valor de R$ 3.877,76. Caso a vítima clicasse para visualizar a cobrança, seria infectada com uma trojan bancário, dando acesso remoto da máquina invadida aos criminosos.
Home office facilita ciberataques
A adesão massiva ao home office também fez disparar os ataques do tipo ransomware voltado contra empresas durante a pandemia. “O computador usado por profissionais remotamente muitas vezes é o de uso pessoal e não o da empresa, e a máquina não está totalmente protegida”, destacou.
O principal golpe, que já vitimou diversas empresas brasileiras, é o de dupla extorsão. Os cibercriminosos invadem os sistemas, sequestram os dados e pedem para a empresa pagar dois resgates: para decifrar os arquivos e para que os dados não sejam publicados.
Como se proteger?
No caso de empresas, a adoção de hábitos básicos podem protegê-las contra ciberameaças, como a criação de senhas fortes, atualizações imediatas e frequentes de software e uma solução corporativa de segurança de qualidade.
Além disso, é altamente recomendável oferecer treinamentos de conscientização em cibersegurança para que os funcionários possam identificar os riscos e trabalhar com segurança, seja em casa ou no escritório.
Para os usuários em geral, principalmente de smartphones, o analista de segurança da Kaspersky dá as seguintes recomendações básicas e essenciais:
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Ter um bom antivírus é fundamental; ele vai impedir a instalação de um app malicioso, ataques de phishing por whatsapp, messenger, e-mail, etc.
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Recursos de segurança nativos do sistema operacional do celular: para Android, é recomendável checar a opção de não instalar aplicativos de fontes não confiáveis, já no iOS, não faça o jailbreak, que remove muitos recursos de segurança do dispositivo.
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Garanta que o aparelho esteja sempre bloqueado com senha.
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Realize atualizações e backups de dados frequentemente.
origem: Olhar Digital
Sirlei Madruga de Oliveira
Editora do Guia do CFTV
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