Pesquisador brasileiro desenvolve tecnologia para ampliar cibersegurança e prevenir alterações em sinais de GPS
Você já esteve em uma situação em que o seu serviço de GPS estava apontando para uma localização errada? Este erro pode se dar por situações típicas do dia a dia, como passar por um túnel ou um dia nublado, por exemplo. Mas você também pode estar sendo vítima de um ataque cibernético conhecido como “meaconing”.
Este tipo de ataque consiste na retransmissão indevida de sinais de navegação, como GPS, para induzir a informação incorreta da localização para o usuário. Para combater esta ameaça, pesquisadores da Ericsson trabalharam no desenvolvimento de uma solução inovadora que visa bloquear esses ataques e manter a localização correta utilizando recursos do próprio dispositivo, sem depender de ferramentas externas.
Essa solução terá ainda mais importância com a tecnologia 5G, quando haverá um número muito maior de dispositivos conectados – pelo menos 100 vezes mais por quilômetro quadrado se comparado ao que é possível hoje com o 4G.
A inovação, batizada como “Detection of Meaconing Attacks” (ou “Detecção de Ataques Meaconing” tradução para o português), faz parte da ampla gama de soluções Ericsson para a segurança de redes e se destaca na lista de mais de 20 famílias de patentes registradas pela empresa somente nos últimos seis meses no Brasil. No total, a Ericsson já soma 183 famílias de patentes desenvolvidas e registradas no país.
O pesquisador brasileiro Alberto Hata trabalhou em parceria com outros três inventores de Pesquisa e Inovação da empresa sueca no desenvolvimento dessa patente, que permite que um algoritmo instalado no próprio dispositivo detecte perturbações inesperadas na localização por meio do cálculo da autocorrelação dos sinais usados no posicionamento. Uma alteração acentuada na autocorrelação pode significar um ataque meaconing e a solução Ericsson neutraliza automaticamente essa invasão.
Essa interferência no sinal de navegação não pode ser facilmente detectada pois a comunicação entre o dispositivo e a fonte do sinal continua a ocorrer como esperado. Criminosos podem se aproveitar dessa dificuldade de detecção para fazer com que possíveis alvos se dirijam a locais inesperados, especialmente quando se encontram em locais que não conhecem.
Sirlei Madruga de Oliveira
Editora do Guia do CFTV
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