No primeiro semestre, acessos móveis foram responsáveis por um terço
das novas assinaturas de internet rápida, segundo o Barômetro Cisco.
Impulsionado pelos acessos móveis, que cresceram 464% em um ano, o número de conexões em banda larga no Brasil ultrapassou os 10 milhões, segundo o Barômetro Cisco. Na comparação com junho de 2007, o total de acessos cresceu 48,3%, passando de 6,78 milhões para 10,04 milhões. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a variação foi de 9,7%.
Pedro Ripper, presidente da Cisco, acredita que se o ritmo de crescimento apresentado nos primeiros seis meses do ano for mantido, o País deve chegar a 12 milhões de conexões em banda larga. "A chegada da 3G trouxe uma dinâmica importante para o mercado", comentou. O executivo acredita que no próximo semestre, só no segmento móvel, mais um milhão de acessos por meio de modens e placas de dados devem ser adicionados. Hoje o número está em 1,31 milhão, sendo algo entre 20% e 30% no mercado corporativo.
Para Ripper, as operadoras de telefonia móvel subestimaram a demanda pela 3G, por isso, no segundo trimestre, o número de novos assinantes cresceu menos (de 500 mil no primeiro trimestre para 200 mil no segundo). No entanto, alguns gargalos, como a disponibilidade de equipamentos e espectro e o dimensionamento de links de antenas e das redes IP estão próximos da resolução, o que garantirá a expansão do serviço. "Nos próximos dois meses as operadoras móveis devem estar com suas redes IP adicionais rodando", diz.
Por conta dos investimentos das operadoras móveis, que, por conta das metas de cobertura da 3G, levarão opção de acesso à internet a todo o Brasil, e dos esforços das operadoras de TV a cabo de levar velocidades entre 20 Mbps e 30 Mbps a clientes de mais alto padrão (o que na opinião dele deve acontecer nos próximos 12 meses), Ripper acredita que a dinâmica competitiva do mercado de banda larga estará mantida nos próximos anos. "As operadoras de telefonia terão que ser mais competitivas", diz.
Apesar de "caminhar sozinho", Ripper acredita que medidas governamentais ainda são necessárias para estimular a penetração da banda larga no País. "Nos países em que a banda larga apresentou boa expansão, os governos criaram condições de competição e estruturas de fomento, como fundos, subsídios etc.", destaca. O Barômetro da Cisco indica que a penetração da banda larga no Brasil chegou a 4,6% da população. Na Coréia, por exemplo, o número é de 26%. Nos Estados Unidos ele chega 19%, e na Argentina, e no Chile, a 6,6% e 8,8%, respectivamente. O executivo acredita que algo como o que foi feito com a troca de metas de instalação de Postos de Serviços de Telecomunicações (PSTs) por backhaul de internet precisa ser feito para a instalação da última milha (infra-estrutura de acesso que chega à casa ou escritório das pessoas).
Ripper afirma ainda temer a proposta que está sendo estudada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de transformar a banda larga em um serviço público. "Criar muita regulamentação em um setor tão dinâmico pode engessar mais do que promover o desenvolvimento", avalia.
Origem: IT Web
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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