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Falta de segurança nas redes corporativas

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Novo estudo mundial realizado pela Juniper Networks mostra brecha perigosa na segurança móvel com os dispositivos desconhecendo a fronteira pessoal-corporativo.

Em um estudo realizado mundialmente com consumidores e divulgado hoje, a Juniper Networks constatou que quatro entre cinco pessoas citam o "nível de segurança" como alta prioridade na aquisição ou uso de smartphones e tablets.
Mais da metade dos entrevistados se preocupam com a perda dos seus dispositivos móveis, proteção da identidade e proteção da família com controles parentais.
Ao mesmo tempo, praticamente três em cada quatro pessoas usam seus dispositivos móveis para compartilhar ou acessar informações pessoais ou corporativas confidenciais.
A pesquisa, patrocinada pela Juniper e conduzida pela KRC Research e a Synovate com mais de 6 mil usuários de smartphones e tablets em 16 países, revela uma linha tênue entre o uso pessoal e corporativo desses aparelhos e destaca a necessidade de segurança móvel mais rígida e integrada. Cerca de 44% dos entrevistados usam seus dispositivos pessoal e profissionalmente, enquanto apenas 4% restringem o uso apenas para o profissional. Se os diretores de TI acreditam que eles irão conseguir limitar o uso desses dispositivos ao corporativo, 81% dos entrevistados admitem que usam seus aparelhos para acessar a rede da empresa sem o devido conhecimento ou permissão da mesma e 58% fazem isso diariamente.
"Os smartphones e tablets são uma fonte abrangente de informações, aplicativos e comércio, mas hoje também cada vez mais alvo de ameaças", explicou Mark Bauhaus, vice-presidente executivo e diretor-geral do Grupo de Negócios de Tecnologias da Camada de Serviço da Juniper Networks. "Felizmente os usuários estão cada vez mais conscientes das questões relacionadas à segurança, identidade e privacidade. Hoje o mercado precisa se alertar e integrar a segurança à experiência móvel e não considerá-la uma opção."
Identidade, privacidade e controle 
Mais de 58% dos usuários de smartphones e tablets pesquisados temem perder seus aparelhos e não conseguir recuperar os dados e informações contidos neles.
Enquanto isso 64% estão muito preocupados com a possibilidade de roubo de identidade decorrente do uso do dispositivo móvel. O controle parental é uma grande preocupação também para 53% dos entrevistados.
Não é de se surpreender que 41% dos entrevistados digam que o nível de segurança é a "principal prioridade" e que 40% levam isso em consideração na compra ou uso de um smartphone/tablet.
Embora o estudo mostre que há uma falha entre o nível de segurança que os usuários desejam e a segurança que eles próprios estabelecem, apenas 24% dos entrevistados alteram periodicamente as configurações de segurança dos seus aparelhos móveis. Entre os entrevistados, 35% só fazem isso quando há necessidade, 31% fazem raramente ou nunca e 9% desconhecem as configurações de segurança dos seus dispositivos móveis. Além disso, 14% dos entrevistados dizem não ter senha nos seus smartphones ou tablets.
Outras constatações da pesquisa
* Mais de 76% dos consumidores pesquisados usam seus smartphones ou tablets para acessar informações pessoais ou profissionais confidenciais: 51% para informar ou alterar senhas; 43% para acessar informações bancárias ou do cartão de crédito; 30% para acessar suas contas; 20% para compartilhar informações financeiras como números de cartão de crédito; 18% para acessar informações proprietárias da empresa onde trabalham; 17% para acessar informações médicas e 16% para compartilhar o número de seguridade social.
* Dos 16 países pesquisados, a Índia (90%) demonstrou o maior nível de preocupação do usuário com a segurança móvel seguida pelo Brasil e a Rússia (88% cada), Alemanha (86%) e China e Itália (ambos com 85%). Os entrevistados em Hong Kong (70%), na Bélgica/Holanda (74%) e nos Estados Unidos e Japão (77% cada) são os menos preocupados comparativamente.
* O uso pessoal e profissional variou por região e país, com o uso pessoal dominando no Canadá (72%), Japão (70%), França (67%) e na maioria dos demais países. A China, Rússia e Brasil foram as maiores exceções com 75%, 65% e 61% respectivamente, combinando uso pessoal e profissional. A Bélgica e Holanda reportaram o mais alto índice de uso apenas profissionalmente (12%).
* As respostas variaram muito sobre a questão relacionada ao acesso do funcionário à rede corporativa sem permissão ou autorização. Os usuários de smartphones/tablets nos Estados Unidos são os mais conservadores, com apenas 52% admitindo acesso não autorizado. O Brasil, Rússia, Japão e Itália foram os mais agressivos, com 94%, 93%, 90% e 90% respectivamente admitindo o acesso não autorizado.
* Os níveis de proteção de senha foram praticamente consistentes em todos os países, com apenas 10% a 20% não tendo proteção por senha. À exceção dos entrevistados nos Estados Unidos onde 25% disseram não ter esse tipo de proteção e na Índia e em Singapura onde apenas 8% e 6% respectivamente disseram não ter essa proteção.
* Os níveis de proteção com relação a ameaças específicas também foram consistentes, com exceção da Índia e do Brasil onde a preocupação com perda do aparelho/dados foi de 84% na Índia e 75% no Brasil, com controle parental de 77% na Índia e 72% no Brasil e com roubo de identidade de 87% na Índia e 82% no Brasil, bem acima da média. A Rússia e Singapura também ficaram acima da média com a preocupação com perda do aparelho/dados de 68% na Rússia e de 79% em Singapura, com roubo de identidade (82% nos dois países) e com controle parental (55% na Rússia e de 47% em Singapura).
* Os entrevistados dos Estados Unidos foram os menos preocupados; apenas 43% com perda do aparelho/dados, 43% com controle parental e 46% com roubo de identidade. Entre os europeus, a Bélgica e a Holanda demonstraram ainda menos preocupação, sendo 41% com perda do aparelho/dados. E o Japão o país menos preocupado (40%) com controle parental.
A pesquisa foi conduzida mundialmente por telefone e online, durante o mês de outubro de 2010, com mais de 6.000 usuários de smartphones e tablets de um grupo de 16.000 consumidores de 16 países: Estados Unidos, Canadá, Brasil, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica, Rússia, China, Índia, Austrália, Hong Kong, Singapura e Japão. A pesquisa foi realizada pela KRC Research e Synovate em nome da Juniper Networks.
www.juniper.net 
 
 
Origem: http://www.revistaip.com.br/
 
Engº Marcelo Peres
mpperes@guiadocftv.com.br
Editor do Guia do CFTV

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