Inteligência artificial: quais os riscos que a tecnologia pode gerar?
Busca desenfreada por uma ‘superinteligência’ pode tirar o ser humano do topo da cadeia alimentar
Ainda que longe das representações pós-apocalípticas do cinema, o avanço da inteligência artificial (IA) no nosso cotidiano, seja na forma de algoritmos das redes sociais ou nos assistentes virtuais como Alexa e Siri, tem gerado preocupação em várias esferas da sociedade. Nomes como Elon Musk, Steve Wozniak, Bill Gates e Stephen Hawking já se manifestaram sobre os riscos gerados pela IA, apoiadpos por pesquisadores da área. Se tratando de um avanço tecnológico tão almejado no meio científico, o que estaria por trás dessa preocupação?
Certamente não é o caso de se imaginar algo como o personagem do Exterminador do Futuro, vivido pelo ator Arnold Schwarzenegger, que busca a extinção da raça humana. Os receios iniciais são problemas mais palpáveis, como a coleta massiva de dados da população e sua subsequente utilização.
Inteligência artificial: quais os riscos que a tecnologia pode gerar?
Empresas como Google, Amazon e Facebook, por exemplo, não poupam esforços na guerra por informação, dominando sistemas de buscas e conteúdo audiovisual, além de mensagens eletrônicas, em todas as partes do mundo.
“Essa monopolização dos dados significa uma monopolização da capacidade de monetizá-los e gerar novos avanços tecnológicos com base neles. A disputa pelos lados é uma disputa central e parte considerável destes serviços está fazendo pelo mundo todo”, analisa o professor de sociologia econômica da Universidade Federal do Ceará Edemilson Paraná.
Ao passo que há leis pelo mundo que dão proteção à privacidade e uso de dados do usuário, como a GDPR, na Europa, e a recém-sancionada Lei Geral de Proteção de Dados, no Brasil, vemos a popularização de sistemas de reconhecimento facial, monitorando e controlando cidadãos. Na China, protestos contra leis de extradição ficaram famosos por discutir a vigilância massiva e efeitos do reconhecimento facial em toda população.
Outro ponto que tem suscitado o debate sobre a falta de limites da IA, é a questão de erros na elaboração de perfis criminais. Durante uma reunião pública em junho deste ano, o chefe de polícia de Detroit chegou a admitir que a tecnologia de reconhecimento facial usada pela polícia da cidade “quase nunca” traz uma correspondência exata com a imagem do suspeito, e “quase sempre” identifica incorretamente as pessoas. No Rio de Janeiro, uma mulher foi detida equivocadamente em julho de 2019 acusada de ser uma foragida da Justiça, condenada por espancar um homem até a morte.
origem: Olhar Digital
Sirlei Madruga de Oliveira
Editora do Guia do CFTV
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