Manifesto Pela Segurança Eletrônica Brasileira
À criação do Ministério Extraordinário de Segurança Pública, a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE), em seu objetivo de fortalecer, capacitar e regulamentar o mercado de sistemas eletrônicos de segurança, faz apelo ao entendimento da importância das tecnologias no combate à criminalidade e a necessidade urgente de se priorizar a votação de projetos da esfera da segurança eletrônica.
Endossamos a necessidade emergencial do direcionamento de recursos financeiros para o investimento em tecnologias, em conjunto à contratação de contingente humano. Estes equipamentos potencializam a ação da polícia, sendo um complemento fundamental ao multiplicar o alcance de monitoramento em escala nacional, além da integração de registros e bancos de dados, contribuindo para uma prevenção mais efetiva.
São estatisticamente comprovados os benefícios advindos do emprego de tecnologias, como a implantação de videomonitoramento urbano, que reduz em até 85% as tentativas de assaltos e roubos, contribuindo diretamente para a sensação de segurança da população. No Rio de Janeiro, drones e câmeras nos capacetes dos agentes têm sido utilizadas nas operações dentro das comunidades. Outro exemplo é o projeto City Câmeras, promovido na cidade de São Paulo com apoio da ABESE, e que já conta com mais de 2 mil câmeras instaladas pela prefeitura e conectadas com o Centro de Operações da Polícia Militar do Estado de São Paulo (COPOM). A meta é que até 2020 sejam 10 mil câmeras em operação.
Além disso, o projeto Dronepol, a polícia drone – primeira da América Latina -, já está em operação, auxiliando principalmente na repressão ao tráfico de entorpecentes. Ambas ações têm refletido em importante redução no número de transgressões e aumento da rapidez na captura de criminosos. O índice de homicídios em São Paulo caiu para 6.1 por 100 mil habitantes, o mais baixo do país ao lado de outras duas capitais. A média brasileira é de 52 homicídios por 100 mil habitantes.
Segundo dados da Social Progress Imperative, o Brasil é hoje o 11º país mais inseguro do mundo. Ainda assim, o segmento de sistemas eletrônicos de segurança registrou uma média de crescimento de 8% nos últimos cinco anos, com faturamento de R$ 6,04 bilhões em 2017. Somos um setor de grande potencial, que necessita de regulamentação e apoio para seu pleno desenvolvimento. No ano de 2018, o Estatuto da Segurança Privada volta ao Plenário do Senado para ser submetido à aprovação. É necessária e urgente sua regulamentação, para que o crescimento continue de forma ordenada, com foco no combate à violência e à criminalidade.
A ABESE apoia com veemência a priorização do combate à insegurança dentro da pauta governamental e vê com bons olhos a especificidade do Ministério, mas segue acompanhando sua estruturação com atenção. Tecnologias como videomonitoramento, drones, reconhecimento facial, rastreamento, entre outras, representam o futuro da segurança pública e poderão ser aliadas estratégicas dentro dos propósitos do Ministério Extraordinário de Segurança Pública. Certamente, ao acreditar e investir nesse potencial, a liderança do país será capaz de lograr resultados positivos na busca pela pacificação.
São Paulo, 13 de março de 2018
ABESE
Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança
Origem: http://www.abese.org.br/index.php/374-manifesto-pela-seguranca-eletronica-brasileira
Marcelo Peres
mpperes@guiadocftv.com.br
GuiadoCFTV
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