Aplicativo quer ser o Waze da segurança. Ferramenta criada por empresa gaúcha permite colaboração de população, vigilantes privados e polícias no combate à violência
O avanço da violência no Brasil – entre 2005 e 2015, segundo o Atlas da Violência 2017, os homicídios saíram de 48 mil para 59.080 –, junto com a ascensão e popularização da internet estimula empreendedores a utilizar novas ferramentas para a prevenção de danos a pessoa físicas que têm poder aquisitivo para assegurar sua integridade física, da família e de seu patrimônio. É o caso da Squadra – Gestão de Riscos, empresa de segurança com 20 anos de atuação e sediada em Porto Alegre (RS), que lançou a primeira rede de segurança colaborativa: o app gratuito BE ON (http://www.appbeon.com/ ), que pretende ser o “Waze da segurança”.
Do ‘apito’ à solução colaborativa
Em menos de duas semanas, o app já com 6.438 telefones e 7.845 locais cadastrados. De acordo com Gustavo Caleffi, diretor da Squadra, apenas nos três primeiros dias, o aplicativo teve 5,3 mil downloads, ocupando a 192ª posição global no Google Play. “As pessoas poderão ser um agente de segurança e colaborar no combate à violência”, enfatiza. Ele afirma que a aposta da empresa é na busca de uma solução mais eficiente e inserida no ambiente da sociedade digital. O BE ON é gratuito e funciona em todo o Brasil, disponível nas versões Android e IOS.
Combate ao crime em tempo real
“Vivemos num país de falência da segurança pública, com índices de criminalidade piores do que em nações em estado de guerra civil”, afirma Caleffi. Ele explica que a ferramenta atende aos cidadãos e, ao mesmo tempo, aos órgãos de segurança pública, permitindo às polícias e instituições acompanhar com georreferenciamento e em tempo real ocorrências apontadas pelo usuários.
“O que está sendo proposto é uma forma de segurança colaborativa com base na inteligência e tecnologia. Um novo modelo de análise de dados, com capacidade de prever fatos.”
‘Exército’ privado…
O histórico e a vivência em projetos de segurança patrimonial e de grandes eventos – a Squadra é responsável pela gestão de riscos do UFC, sigla de Ultimate Fighting Championship, maior organização de artes marciais mistas do mundo – levou à conclusão de que era necessário criar uma nova forma de inteligência, onde a ação coletiva alerte para a segurança colaborativa, segundo Caleffi. “A segurança privada criou no Brasil um ‘exército’ de vigias, porteiros e etc que acumula muitas informações sobre o modus operandi do crime, mas que não têm o que fazer com isso.”
…pode cobrar resposta das polícias
“O BE ON é o ‘apito’ moderno, com o qual os agentes de segurança pública, profissionais da segurança privada e comunidade vão alertar perigos e comunicar ocorrências”, ressalta Caleffi. A meta da empresa é ganhar 1 milhão de usuários para passar ao passo seguinte da estratégia de reinvenção da Squadra e tornar o BE ON no Waze da segurança. “Além da segurança, o app possui também a capacidade de atuar em outros tipos de demandas, como alertas de incêndio, saúde, acidente de trânsito, permitindo uma ágil resposta do Estado para encaminhar atendimento”, acrescenta.
Marcelo Peres
mpperes@guiadocftv.com.br
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