Inteligência artificial aprende sozinha a driblar em simulação de basquete
Pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, na Pensilvânia, Estados Unidos, e da empresa de animação DeepMotion, desenvolveram um sistema de inteligência artificial que aprendeu, sozinho, a dominar uma bola de basquete a até a realizar dribles.
O objetivo é projetar um avatar que saiba imitar movimentos complexos realizados por humanos, deixando simulações e jogos de esporte mais realistas. Os pesquisadores divulgaram uma amostra do processo de ensino da IA no vídeo abaixo.
Atualmente, em games como “NBA 2K18” ou “NBA Live 19”, o que os atletas virtuais fazem é apenas reproduzir uma animação que foi pré-programada para entrar em ação em determinadas condições de jogo. A animação, por sua vez, é produzida com base em captura de movimentos de jogadores reais.
O que os pesquisadores de Carnegie Mellon e da DeepMotion fizeram foi ensinar um avatar a dominar a bola do zero, começando por movimentos simples até dribles mais complexos. O avatar não reproduz uma animação pré-programada, mas realiza movimentos totalmente espontâneos.
Para isso, os pesquisadores começaram alimentando o sistema de IA com diversas horas de capturas de movimentos e vídeos de atletas profissionais de basquete. Em seguida, o motor gráfico que controla o avatar começou a aprender a se mover em campo, uma perna de cada vez.
Depois disso, o avatar começou a aprender movimentos com os braços e com as mãos, até que finalmente começou a “treinar” com uma bola virtual. Nos primeiros ciclos, a IA apenas quicava a bola no chão. Com o tempo, aprendeu a mover os dois braços para manipular a bola no ar.
Por enquanto, porém, o sistema só funciona em simulações de basquete porque, mesmo em movimentos complexos, a interação entre com a bola não afeta o equilíbrio do personagem. Este é um desafio a ser superado antes que a IA possa ser usada também em simulações de futebol, explica o TechCrunch.
Com essa tecnologia, os pesquisadores acreditam que poderão criar games de esporte mais realistas. Sem depender de animações pré-programadas, as transições entre os movimentos de um atleta virtual tendem a ficar mais naturais, e menos bugs tendem a ocorrer durante uma partida.
Origem: Olhar Digital
Marcelo Peres
mpperes@guiadocftv.com.br
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