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Futurecom 2018: teles pedem atenção de novo governo e regulação ‘moderna’

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Durante a Futurecom, feira do setor que ocorre nesta semana em SP, executivos clamaram por novo marco regulatório, mais próximo da realidade dos consumidores brasileiros

Atenção do novo governo e atualizar a regulação de telecomunicações para a realidade dos dias de hoje: esses foram os pedidos dos executivos das principais operadoras do País durante debate realizado ontem na Futurecom, maior feira do setor na América Latina, que termina hoje em São Paulo. Na discussão, os presidentes das teles clamaram por celeridade na atualização da Lei Geral de Telecomunicações, que completou duas décadas em 2018.

Segundo os executivos, as obrigações previstas na lei, focadas especialmente na telefonia fixa, não atendem mais às necessidades dos brasileiros, que hoje buscam usar cada vez mais dados de internet e menos voz. “Ninguém mais usa orelhão, as pessoas usam smartphones, mas não podemos deixar de investir nos telefones públicos [por conta da lei]”, ressaltou Eurico Teles, presidente da Oi. Eduardo Navarro, presidente da Vivo, fez eco: “as obrigações que temos são completamente ultrapassadas”, disse, acrescentando que cerca de 75% da rede de orelhões, por exemplo, não fez nem recebe chamadas.

Uma proposta de revisão do marco regulatório, o PLC 79/2016, já foi aprovada na Câmara, mas a discussão está travada no Senado há mais de um ano. Para Juarez Quadros, presidente da Anatel, “faltou vontade política” para mudar o cenário atual – o executivo, que deixará seu posto em novembro, fez discurso na terça-feira na Futurecom.

Apesar do descontentamento, os executivos estão otimistas para tratar do assunto com o novo governo – eles pretendem discutir o tema com os eleitos assim que passar o segundo turno. Navarro, da Vivo, disse que tentou conversar com os presidenciáveis, mas que não teve acesso a eles. “Somos o terceiro setor que mais investiu no Brasil desde 1998, só atrás de petróleo e energia. Temos de ser ouvidos”, disse.

Ao fim do painel, em tom de brincadeira, os presidentes da Claro e Vivo se abraçaram, dizendo que gostariam de avançar juntos. Em seguida, o presidente da Oi falou: “Precisamos nos abraçar também, Sami”, se referindo ao presidente da TIM, que o abraçou. Os gestos arrancaram gargalhadas ao público e reacenderam a discussão sobre alianças entre as empresas do setor, em prol de evitar mais perda de receitas para aplicativos como WhatsApp e Netflix.

Origem: Terra

Marcelo Peres

mpperes@guiadocftv.com.br

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