O padrão IEEE 802.11ax, popularmente veiculado na mídia como “Wi-Fi 6” pela Wi-Fi Alliance, assegura conexões sem fio muito rápidas. Bem mais rápidas que a melhor configuração que você puder imaginar dentro dos padrões atuais. Estamos falando de conexões que, dentro de condições ideais, podem chegar a velocidades de 11 Gbps, segundo alguns equipamentos certificados no novo padrão, vistos nas edições de 2018 e 2019 da Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas.
Quem não gosta de internet rápida? Ela nos traz streaming em maior qualidade, downloads de meros segundos ou minutos para arquivos que, hoje, poderiam levar horas, transferência de arquivos em plataformas de nuvem com maior velocidade e estabilidade no upload… As possibilidades são inúmeras.
Mas segure a emoção um pouquinho: você pode muito bem-estar, agora mesmo, abrindo uma aba com a busca do Google tentando identificar roteadores e modems que ofereçam suporte ao novo padrão, porém, segure essa ideia e nos dê um pouco de sua atenção. Pedimos isso porque, veja só, adotar o Wi-Fi 6 agora provavelmente exigirá um investimento considerável, do qual você vai despender à toa.
A primeira coisa a entender é “porque” o Wi-Fi 6 consegue entregar toda essa velocidade. Segundo testes realizados por canais da imprensa internacional, como CNET e CIO, indicam que o novo padrão de conexão sem fio pode ser até 40% mais rápido do que o Wi-Fi como conhecemos hoje.
Isso porque o padrão IEEE 802.11ax é, por design, feito para operar em todas as faixas de frequência possíveis, de 1 GHz a 7 GHz, incluindo também as faixas 2.4 GHz e 5 GHz atualmente usadas pelo sistema atual. Como essas outras faixas de frequência de rádio são, teoricamente, bem menos congestionadas, a transferência de dados feita por elas tira melhor proveito da estabilidade e oferece mais velocidade. Eliminando os números e o “tecniquês” da explicação, estamos basicamente falando de uma rodovia com todas as faixas de trânsito livre, com um ou dois carros indo e vindo; um cenário mais atraente do que as vias congestionadas que praticamos hoje.
E por que isso já não é adotado? Bom, é verdade que já existem soluções de Wi-Fi 6 disponíveis no mercado. Pela própria Amazon, você consegue comprar alguns modems, roteadores ou repetidores compatíveis por preços a partir de US$ 35 (pouco mais de R$ 135 na cotação de hoje). E também é verdade que os equipamentos com certificação Wi-Fi 6 possuem retrocompatibilidade com a prática atualmente conhecida.
Entretanto, ainda que as tecnologias consigam conversar entre si, o novo padrão não consegue fazer nada para melhorar o que já existe. O leitor vai lembrar de um detalhe importante sobre conexões de internet: todas elas são, basicamente, ligações de um ponto A para um ponto B. O ponto A pode ser tecnologicamente mais evoluído, claro, mas isso de nada adianta se a demanda por maior velocidade não for bem recebida no ponto B.
Origem: Canaltech
Sirlei Madruga de Oliveira
sirlei@guiadocftv.com.br
Guia do CFTV
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