PM poderá fazer convênios para monitorar imagens de vídeo de prédios e empresas
Nova lei cria o Programa Estadual de Videomonitoramento e prevê adesão de lojistas e condomínios
Uma das grandes falhas apontadas na investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi a dificuldade em obter imagens de câmeras nas ruas com o carro dirigido pelos suspeitos. À época, cinco das 11 câmeras da prefeitura que ficavam no percurso feito pelo carro com as vítimas estavam desligadas. Agora, o Rio poderá incrementar sua rede de monitoramento em todo o estado: há duas semanas, o governador Wilson Witzel sancionou a lei que possibilita convênios entre condomínios e lojas e a polícia para cessão gratuita de imagens, a partir do Programa Estadual de Videomonitoramento (PEV).
Questionada sobre quando o programa seria colocado em prática, a Polícia Militar informou que um grupo de trabalho formado pelas Secretarias de Estado das Polícia Militar e Polícia Civil e o Chefe Executivo do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) será responsável por sua regulamentação. O prazo é o próximo dia 27 e, segundo a polícia, serão priorizadas “as regiões do estado que concentram as grandes manchas criminais, seguindo estatísticas oficiais”.
Para Rodrigo Taveira, representante técnico da Associação Comunitária Bairro Seguro (ACBS), o PEV não necessita de muitos investimentos tecnológicos para entrar em prática.
Pela lei, as pessoas interessadas em ceder as imagens deverão se cadastrar num site. Por isso, o estado precisaria ser proativo na busca por essas câmeras. Para o antropólogo, coronel da PM e ex-chefe do Estado-Maior Robson Rodrigues, a intenção de investir numa rede de monitoramento é positiva.
origem: O Globo
Sirlei Madruga de Oliveira
Editora do Guia do CFTV
sirlei@guiadocftv.com.br
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