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IBM alcança novo patamar na computação quântica e quer dobrar capacidade

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IBM alcança novo patamar na computação quântica e quer dobrar capacidade

Uma das leis mais famosas da computação tradicional é a Lei de Moore, que estabelece que o número de transistores em um circuito dobra a cada 2 anos. Foi esse tipo de avanço que permitiu o crescimento exponencial dos computadores e garantiu o acesso a máquinas mais robustas e cada vez menores.

Na nova fronteira da tecnologia, com computadores quânticos, as métricas são um pouco mais complexas. A quantidade física de dispositivos compete com a qualidade dos cálculos e até com as condições de funcionamento, que precisam estar em linha com a física quântica.

Mas isso não vem impedindo avanços: na última semana a IBM anunciou que alcançou o volume quântico de 64, um novo patamar na medida para a empresa, que compete com GoogleIntelMicrosoft e outras gigantes na corrida pela supremacia quântica, uma capacidade de processamento que permitirá aos computadores realizar cálculos impossíveis para as nossas atuais máquinas binárias.

Diferentemente dos computadores tradicionais — que tem sua base de dados feita em cima de bits codificados em 0 e 1 — o computador quântico funciona de acordo com os princípios da física quântica. Há um princípio chamado de superposição que permite que os qubits (o bit quântico) permaneçam em uma combinação matemática entre 0 e 1. Outro princípio, do entrelaçamento, estabelece a comunicação entre diferentes qubits, fazendo com que eles se comportem de maneira semelhante e atinjam uma sinergia melhor entre si.

Essas máquinas são sensíveis e precisam funcionar a temperaturas muito baixas e com pouca interferência para trazer resultados maximizados.

A nova métrica da IBM foi alcançada num computador de 27 qubits e leva em consideração não só a quantidade de qubits, mas também a conectivdade e a redução de ruído na conexão. Atualmente, há mais de 250 artigos baseados em trabalhos feitos com o IBM Quantum e 250.000 usuários cadastrados para acessar a tecnologia pela internet.

De acordo com Ulisses Mello, diretor global de perspectivas tecnológicas da IBM Research, a projeção é continuar com os avanços no volume quântico para que o volume possa dobrar novamente até o final do ano — a IBM alcançou as 32 unidades ainda no início de 2020. Para alcançar novos patamares, segundo ele, a empresa tem  focado na melhora da taxa de coerência: aumentar o período de estabilidade do computador quântico, o que permite fazer operações de maior qualidade no mesmo tempo ou mais operações num tempo maior.

“Quanto mais qubits você adiciona é como se o network aumentasse. Eles estão um conectado com os outros e é preciso ter certeza que eles uma taxa de comunicação com menor taxa de erro possível, porque o número de cálculos que você pode fazer depende de quanto tempo você consegue manter o estado quântico estável”, explica Mello.

origem: Exame Tecnologia

Sirlei Madruga de Oliveira

Editora do Guia do CFTV

sirlei@guiadocftv.com.br

 

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