A tendência das lojas ao vivo pode parecer algo fictício –quem sabe até futurista– mas é exatamente o que algumas empresas estão adotando com o nome de “loja ao vivo”.
Na prática, via live streaming, é possível interagir com funcionários e ver os produtos em uma compra online diferenciada. O cliente entra na transmissão ao vivo e pode falar com o vendedor, colocar uma compra de seu interesse no carrinho digital ou simplesmente ler informações e valores enquanto observa os corredores do estabelecimento. Uma experiência de aproximação com o mundo real a partir do virtual.
Entrar em uma loja para dar a famosa “olhadinha” se tornou uma atitude distante após o início da pandemia de coronavírus. Com todas as medidas de segurança para conter a disseminação da doença, o ato de sair de casa para fazer compras foi em grande parte substituído pelo e-commerce, uma modalidade de vendas prática e completamente distante de qualquer contato humano. Mas, imagine poder andar pelos corredores, escolher produtos das prateleiras e pedir informações direto da sua sala de estar, apenas com um dispositivo móvel em mãos.
Faz um tempo que essa tendência cresce ao redor do mundo. Foi a Läderach, marca de chocolates suíços, que chamou a atenção do CEO da Dengo Chocolates, Estevan Sartoreli, para implementar a iniciativa em suas mídias digitais no Brasil.
Esse interesse por novas tecnologias de compras digitais não é recente. Diversas marcas já inovaram no setor, criando serviços com realidade aumentada e inteligência artificial, por exemplo. Esse é o caso da Maybelline que, em 2013, criou um sistema em que era possível testar as cores da então nova coleção de esmaltes a partir de fotos no smartphone. Ou então a RayBan que, em 2011, oferecia uma ferramenta parecida ao da marca de maquiagens, propiciando a seus clientes a possibilidade de ver como os óculos ficariam em seus rostos.
Porém, embora as empresas estejam há alguns anos fazendo testes tecnológicos na área de vendas –como a loja de roupas Farm, que já colocou a própria plataforma ao vivo em prática por um tempo– essa tecnologia é uma das mais novas tendências do mercado digital, atiçando a curiosidade de clientes e lojistas.
Para Agustin Blanco, CEO da importadora Grand Cru, que também aderiu às lojas ao vivo durante a pandemia, parte desse interesse está ligado à importância da comunicação, que muitas vezes se perde na compra online, principalmente quando se trata de vinhos, ricos em informação. “Sabemos que muitas vezes o contato ao vivo com os vendedores faz a diferença. E, juntando isso com a segurança e o novo momento das pessoas de comprar mais em casa, é que decidimos nos adaptar novamente para atender melhor os clientes.”
Alexandre Bratt, diretor comercial da Grand Cru, ressalta que é uma experiência quase física. “Como em uma loja física da marca, os nossos consultores estão preparados e disponíveis para explicar sobre os vinhos, tirar suas dúvidas, sugerir rótulos e auxiliar nas compras –que podem ser realizadas no ato, online. É uma forma revolucionária de levarmos a experiência de uma loja para a comodidade da casa de nossos clientes”, opina. A loja ao vivo da Grand Cru foi aberta na última semana e funciona, por enquanto, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
A Dengo possui uma opinião parecida.
“Nosso objetivo não é converter em vendas. É muito mais uma plataforma para informar e aproximar nossos clientes, que formam filas digitais para conversar por chat ou áudio com nossos atendentes”, afirma Bárbara.
origem: Forbes
Sirlei Madruga de Oliveira
Editora do Guia do CFTV
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