A empresa de segurança cibernética Kaspersky divulgou uma nova análise na última terça-feira (10), referente às violações de dados contra pequenas empresas da América Latina. Segundo o levantamento, 43% das companhias sofreram violações de dados em 2019. A responsável pelo estudo ainda aponta que, caso dados pessoais de clientes sejam afetados, o empreendimento pode não só perder credibilidade frente aos consumidores, como também ficar sujeito a penalidades financeiras, devido à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) que entrará em vigor em meados de 2020 no Brasil.
O número de pequenas empresas afetadas por violações de dados cresce anualmente, embora a maioria das vítimas ainda seja as grandes corporações (53%). O número de microempresas latino-americanas vítimas de violação de dados cresceu de 35% (2018) para 43% (2019). A Kaspersky diz que, para evitar esses problemas, as pequenas empresas precisam estar preparadas, mas não é o que acontece na prática: 33% delas não possui gerenciamento centralizado da cibersegurança e a manutenção da proteção em computadores específicos continua sendo responsabilidade de cada funcionário; além disso, 21% dessas companhias não contam com funções necessárias para um ambiente corporativo, como proteção de servidores e gestão centralizada.
O diretor-executivo da Kaspersky, Roberto Rebouças, aponta que, além desses servidores e gestão centralizada, as pequenas empresas precisam prestar atenção à proteção dos dispositivos móveis: “De acordo com os dados da nossa tecnologia em nuvem, a Kaspersky Security Network, registramos seis tentativas de ataque de malware móvel por minuto na América Latina, sendo que o Brasil é o sexto país mais atacado no ranking global”. Rebouças ainda aproveita para acrescentar: “Não é à toa que o vazamento de dados por meio da perda do dispositivo móvel é a segunda maior preocupação entre as microempresas. Fica atrás apenas do vazamento via ataques online”.
Além do estudo, a Kaspersky também divulgou uma série de recomendações para ajudar as pequenas empresas a gerenciar a proteção corporativa: entre eles, temos:
- Ensinar os conceitos básicos da cibersegurança aos funcionários;
- Lembrar as equipes regularmente sobre como lidar com dados sigilosos;
- Exigir o uso de software legítimo e baixado de fontes oficiais;
- Fazer backup de dados sensíveis e atualizar o equipamento e os softwares regularmente para evitar vulnerabilidades não corrigidas que podem ser exploradas;
- Usar produtos de cibersegurança exclusivos para pequenas empresas. Dessa forma, é possível realizar um gerenciamento centralizado, sem necessidade de um recurso dedicado, liberando os funcionários a focar em seu trabalho. Ao mesmo tempo, a companhia terá proteção contra malware, ransomware, fraudes e outros golpes online.
Origem: Canaltech
Sirlei Madruga de Oliveira
sirlei@guiadocftv.com.br
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