RIO
– Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas e de Inquéritos
Especiais (Draco) transmitiram imagens via satélite da operação que
resultou na prisão de um suspeito de torturar uma equipe de reportagem
do jornal O Dia. O trabalho também localizou a segunda base da milícia
que atuava na favela do Batam, na zona oeste do Rio de Janeiro.
As
imagens da ação policial foram captadas por uma câmera e enviadas em
tempo real para a sede da Draco, onde o delegado Cláudio Ferraz
acompanhou a movimentação. – Esse é um novo conceito que facilita o
nosso trabalho. Podemos acompanhar de perto o trabalho das equipes e
gravar a ação – destacou o chefe do serviço de inteligência, Jorge
Gerhard.
A operação prendeu Davi Liberato de Araújo, 32
anos, considerado o número dois da milícia do Batan, e localizou uma
casa de três andares que funcionaria como base do grupo criminoso. No
local, foram apreendidos um veículo cortado e equipamentos usados na
transmissão clandestina de sinal de TV a cabo. No domingo, policiais
militares já haviam encontrado uma outra fortaleza na comunidade.
Homens
da Draco ainda procuram o policial civil Odinei Fernando da Silva, 35
anos, conhecido como "Águia". Ele é lotado na 22ª DP (Penha) e seria o
líder da milícia da favela do Batan. Outros 18 suspeitos, entre eles
PMs e agentes penitenciários estão sendo identificados.
Investigações
da Polícia Civil apontam que os milicianos expulsaram traficantes do
Batan no ano passado e vinham cobrando por segurança e outros serviços
na área. Eles deixaram a região no último final de semana, após a
publicação de uma reportagem sobre a tortura, no jornal O Dia.
Uma
repórter, um fotógrafo e um motorista foram submetidos a uma sessão de
espancamento, choques elétricos e sufocamento com saco plástico, no dia
14 de maio. A equipe estava morando em uma casa alugada na favela do
Batan, há duas semanas, para produzir uma matéria investigativa que
mostraria as ações dos milicianos.
Origem: Portal Terra
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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