Como
a maioria dos pacientes designados atualmente para tratamento do vício
em drogas, John, 22, estudante de cosmetologia, não chegou lá
voluntariamente.
Após duas infrações por dirigir bêbado, uma na qual outro motorista
ficou ferido, um juiz ordenou que John freqüentasse um grupo de
recuperação semanal de jovens que enfrentam problemas legais
semelhantes. Mas esse nem foi o maior corretivo que o juiz tinha à
disposição.
"Esse Scram evita até mesmo que eu pense em beber", disse John
imediatamente enquanto levantava a barra da calça e apontava para uma
tornozeleira com uma caixa de plástico que não parecia confortável.
Scram, sigla em inglês para monitor remoto contínuo para álcool,
registra o consumo de álcool do usuário ao medir as emissões de ar e
suor da pele a cada hora. Ele detecta níveis de álcool no sangue tão
baixos quanto 0,2%, que corresponde a uma dose ou menos por hora, e
pode até dizer quando o álcool foi consumido.
Uma vez por dia, John tem que se aproximar de um modem para que a
tornozeleira possa transmitir dados das últimas 24 horas para uma
agência de monitoramento e seu oficial de liberdade condicional.
No ano passado, tribunais norte-americanos ordenaram o uso de
dispositivos Scram para milhares de réus soltos sob fiança ou que
aguardam pelo julgamento em liberdade e para alcoólatras menores.
Eles pagam a uma agência de monitoramento em média US$ 12 por dia pelo
uso do dispositivo, fora as taxas de instalação e de serviço.
Profissionais de justiça criminal relatam altas taxas de obediência,
pelo menos enquanto as pessoas continuam ligadas ao sistema penal.
No ano passado, a atriz Lindsay Lohan teve que usar a tornozeleira. Mas
advogados dizem que ainda faltam dados científicos revisados pela
comunidade científica sobre a confiabilidade do dispositivo. Leituras
com falsos positivos também são um risco.
Alimentos assados como pão com uvas passas e bolinhos com fermento
podem fazer o corpo produzir seu próprio álcool. Na Internet,
blogueiros ensinam a "burlar o Scram" ao colocar carne, fita adesiva ou
papel entre o tornozelo e o sensor, ou mergulhar a perna em água gelada
para evitar o suor.
A Alcohol Monitoring Systems Inc., fabricante do dispositivo, diz que
tais armações não funcionam porque elas bloqueiam os sensores,
disparando um alarme transmitido on line para a agência de
monitoramento e em seguida para o sistema penal. Estamos falando dos EUA.
Origem: http://www.maracaju.news.com.br/
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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