O reaquecimento da economia brasileira em 2010 ajudou a aumentar a procura de empresas e consumidores por sistemas de segurança, voltados à proteção das pessoas e do patrimônio.
De acordo com especialistas, esse mercado ganhou impulso pela expansão do PIB (Produto Interno Bruto) – ou seja, o aumento da riqueza produzida no País – e também pela difusão de novas tecnologias, cada vez mais acessíveis e com mais recursos para quem quer se precaver contra a criminalidade.Dados da ABESE (Associação Brasileira de Empresas de Segurança Eletrônica) apontam que, em 2010, o crescimento do setor foi da ordem de 12% em relação a 2009, com as empresas do ramo movimentando R$ 2 bilhões no ano passado.Câmeras com identificação biométrica e sensores de acesso, com transmissão de imagens via internet com tecnologia 3G, entre outros recursos, são exemplos de equipamentos que favorecem o trabalho de monitoramento à distância.
O proprietário da Prote-Home, de Santo André, José Carlos Barea, atesta que a preocupação em acompanhar a rápida evolução tecnológica ajuda a alicerçar o crescimento dos resultados. Sua empresa, que vende e instala câmeras e sistemas de alarme, e conta com central de monitoramento, ampliou em 25% o faturamento no ano passado.Barea destaca equipamentos como o chip GPRS, que permite que a central seja informada se alguém cortar a linha telefônica. "Trabalhamos também com sistema de câmera com transmissão via internet, em que dá para visualizar a residência de outra cidade". Outro foco da Prote-Home são os condomínios: por exemplo, portaria com botão de pânico e sistema para manter o porteiro acordado à noite – no qual ele tem de colocar senha a cada 15 ou 30 minutos.
A companhia tem mais de 1.000 clientes, mesmo sem ter equipe de vendedores de rua. Para Barea, iss o se deve a uma opção por ter crescimento sólido, baseado na relação de confiança. "É preciso ser confiável nesse segmento", assinala.Para o diretor de marketing da ABESE, Oswaldo Oggiam, ainda há muito espaço para crescer, já que os dispositivos eletrônicos reduzem os riscos, passando a ser aliados dos serviços de vigilância e segurança patrimonial.É o caso da Schimitd Segurança, fundada há 18 anos em Diadema, que em 2010 teve alta de 35% no faturamento em relação a 2009. O diretor Luiz Schimitd ressalta que, após reformulação societária (saída de um dos sócios), no ano passado, a empresa investiu em equipamentos (novas câmeras, alarmes etc) e também ampliou o leque de atividades.Com quadro de cerca de 400 funcionários diretos, atua com segurança armada, limpeza predial, portaria, recepção, rastreamento veicular (serviço iniciado no ano passado) e monitoramento. Nessa última área, tem por volta de 100 câ meras conectadas em indústrias de diferentes portes, comércios e também condomínios empresariais e residenciais. "A tecnologia é a inteligência da segurança, pois diminui riscos", observa. Entidade orienta sobre aquisição de produtos. O diretor de marketing da ABESE, Oswaldo Oggiam, destaca a importância de empresas e consumidores procurarem companhias especializadas para a instalação de equipamentos de acordo com o que necessitam, e levando em conta o melhor custo-benefício.
No site da associação (www.ABESE.org.br), há um manual prático, que dá dicas em relação ao passo a passo da aquisição de sistemas de segurança eletrônica. Um dos pontos destacados é em relação à elaboração de um projeto, em que serão levantadas informações que permitirão a aplicação da tecnologia mais adequada ao local.Há orientação também em relação à contratação. A recomendação da entidade é que o interessado faça a escolha da empresa com base no pacote de soluções oferecidas. Outra dica importante é que o consumidor analise o histórico da fornecedora do sistema, peça uma lista de referência de clientes e ainda busque uma que ofereça garantias de procedência dos equipamentos e serviços de pós-venda, como manutenção e suporte técnico.
Origem: ABESE / Jornal Diário do Grande ABC- SP
Engº Marcelo Peres
mpperes@guiadocftv.com.br
Editor do Guia do CFTV
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