Segurança privada enfrenta carência de mão de obra
A carência de mão de obra alcançou o setor de segurança privada, segundo o Sesvesp (sindicato das empresas do setor). O mercado de vigilância, segurança, escolta de carga e valores emprega hoje mais de 500 mil no país.
O número cresceu nos últimos anos devido a exigências da legislação e do mercado, que passou a atuar em escala de trabalho menos estreita, com mais homens por posto, segundo João Palhuca, do Sesvesp.
"O posto de serviço é preenchido 24 horas. Por conta de lei e de condição física humana, a escala que aceitava três trabalhadores por posto passou a exigir quatro", diz.
O movimento ligado à variação da carga horária se consolidou. Uma nova onda de demanda, porém, surge pelo momento econômico, com construções de condomínios, shoppings, fábricas e agências bancárias.
"O reajuste da escala absorveu a mão de obra que estava disponível. Agora falta, pois a economia está acelerada. A demanda maior que a oferta força o setor a elevar a remuneração", afirma.
Nos últimos quatro anos, o salário base teve alta real de 15%, segundo Palhuca. Um vigilante básico em São Paulo ganha em média R$ 1.300.
Em 2010, foram gerados mais de 19 mil vagas no Estado de São Paulo, alta de 13% ante o ano anterior. O número de empresas, porém, cresceu só 3%.