Os equipamentos serão utilizados por batalhões de Porto Alegre, Região Metropolitana, Vale do Rio dos Sinos e Serra
A Brigada Militar vai adquirir cerca de cinco mil câmeras corporais serem empregadas em policiais militares. Os equipamentos serão utilizados por batalhões de Porto Alegre, Região Metropolitana, Vale do Rio dos Sinos e Serra. O primeiro lote, em torno de 900 aparelhos, será destinado até o final deste ano aos efetivos da BM em toda a Capital.
“O projeto é levar para todo o Rio Grande do Sul”, assegurou o diretor do Departamento de Informática da BM, tenente-coronel Alex Sander Pinheiro Severo. Ele explicou que a fase de teste aconteceu ao longo de 2021 e encerrou em maio passado. “Fechamos o relatório e estamos terminando de cadastrar o termo de referência, que é o documento para fazer a contratação do serviço”, adiantou.
A experiência com a tecnologia ocorreu no 9º BPM e no 1º Batalhão de Polícia de Choque (1º BPChq) em Porto Alegre, além do veraneio passado com a operação Golfinho no Litoral Norte e na cidade de Rio Grande. O tenente-coronel considerou exitoso o uso das câmeras corporais na atividade operacional. “Testamos três modelos diferentes”, observou o tenente-coronel Alex Sander Pinheiro Severo.
“Elas têm dois tipos de gravação: uma é a que o policial acionou a câmera e a que tem a gravação contínua”, lembrou. “Se ele ficar 12 horas, a câmera vai gravar 12 horas”, frisou. “É um equipamento bem robusto”, avaliou.
O equipamento tem autonomia para gravar durante 12 horas ininterruptas. Após o turno de trabalho, o policial que estava portando a câmera a devolve no batalhão e as imagens são transmitidas para um servidor que armazena as gravações, cujo acesso é exclusivo do Comando-Geral da Brigada Militar. A tecnologia assegura que as imagens não sejam copiadas diretamente da câmera por nenhum dispositivo e não podem ser editadas.
O uso de câmeras corporais dos policiais militares já é uma realidade do dia a dia em Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rondônia e Distrito Federal.
Além de qualificar o conjunto de provas das práticas ilícitas, contribuindo para a efetividade da análise criminal, o emprego das câmeras corporais deve aumentar a transparência e a fiscalização das ações policiais e do uso da força, bem como conter a reação das pessoas em conflito com a lei pela percepção de que estão sendo gravadas.
“Com a câmera, o cara olha, vê que está sendo gravado e não vai xingar o policial…Ela vai evitar aquelas acusações infundadas onde o brigadiano não tem como se defender”, apontou o diretor do Departamento de Informática da BM. Por outro lado, disse o tenente-coronel Alex Sander Pinheiro Severo, o brigadiano terá que “cumprir o protocolo policial”.
O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Cláudio dos Santos Feoli, destacou que “as câmeras corporais têm por condão proporcionar que as pessoas tenham noção da rapidez de raciocínio que é necessário para a atividade policial” e também para “a produção de provas”.
Sirlei Madruga de Oliveira
Editora do Guia do CFTV
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