Quem tem animais em casa sabe o quanto e como eles reagem ao toque e
como essas reações são importantes no estabelecimento de uma relação de
amizade entre o dono e o animal.
O pesquisador canadense Steve Yohanan, que se inspirou em sua
própria gata, está tentando levar essa possibilidade de comunicação
pelo toque para os robôs.
Segundo ele, a sensação do tato é uma forma essencial de comunicação
e sua ausência pode ter um efeito negativo na interação das pessoas com
os robôs, uma questão importante agora que os robôs tendem a se tornar
companheiros do dia-a-dia.
Háptica robótica
A háptica, que estuda o uso do tato e sua integração a equipamentos, já foi utilizada para simular até mesmo o toque no coração de um paciente real, mas a sensação de toque incorporada aos robôs ainda é um campo de pesquisas incipiente.
Para testar suas primeiras idéias, Yohanan e sua colega Sandra Yuen
criaram um robô que eles inicialmente chamaram de HaptiCat, uma junção
de háptica e gato. Depois, com a intenção de tornar a pesquisa mais
genérica, com resultados aplicáveis a diferentes tipos de robôs, eles o
rebatizaram como Criatura Háptica.
Carinho no robô
A "criatura" utiliza sensores de pressão para detectar quando alguém
toca diversos pontos de seu pelo. Dependendo da forma e da intensidade
do toque, o robô reage de diferentes formas, alterando a intensidade de
sua "respiração", dando leves tremidos ou mexendo as orelhas, por
exemplo.
O objetivo do trabalho não é o desenvolvimento de um robô de alta
tecnologia, embora os resultados certamente ajudarão na construção de
robôs com maior interatividade.
Chip emocional
O principal objetivo dos pesquisadores é estudar o toque como
mecanismo de comunicar emoções. Para isso, a Criatura Háptica é
utilizada em pesquisas com voluntários, que avaliam os tipos de emoções
exteriorizadas pelo robô.
O programa que está sendo desenvolvido, responsável pelo controle do
robô, será uma espécie de "modelo emocional", que poderá ser utilizado
como interface entre sensores e atuadores de vários tipos de robôs.
Para conhecer outra pesquisa que quer dar um toque emocional aos robôs, veja Pesquisa quer dar inteligência emocional a robôs. Para ver outros trabalhos que desenvolvem sensações de tato para robôs, veja Pele artificial para robôs tem avanços significativos e "Pele artificial" para robôs tem mais de mil sensores.
Origem: Inovação Tecnológica
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
Avalie esta notícia, mande seus comentários e sugestões. Encontrou alguma informação incorreta ou algum erro no texto?
Escreva para mim:
mpperes@guiadocftv.com.br
Importante:
‘Todos os Conteúdos divulgados decorrem de informações provenientes das fontes aqui indicadas,
jamais caberá ao Guia do CFTV qualquer responsabilidade pelo seu conteúdo, veracidade e exatidão.
Tudo que é divulgado é de exclusiva responsabilidade do autor e ou fonte redatora.’