Motoristas apelam para Arsenal antirradar
Aparelhos, usados com o GPS, atualizam localização de novos equipamentos. Os motoristas paulistanos estão reforçando o arsenal de equipamentos para escapar das multas de radar.
Além dos já conhecidos aparelhos de GPS que conseguem indicar a localização dos equipamentos eletrônicos nas vias, o mercado oferece outras opções para, por exemplo, atualizar a localização de novos radares.
Os equipamentos "antirradar" funcionam ao lado do GPS. Custam em média R$ 500 e são legalizados (pelo menos os modelos que funcionam com informações por satélite). Eles não mostram ruas e caminhos, como os GPSs, pois a leitura é concentrada nos radares.
O vendedor Alexandre Azevedo Sinibaldi, de 42 anos, tem um desses. Ele conta que precisa de equipamentos que alertem sobre radares, pois visita diariamente locais que não conhece e muitos têm limite de velocidade mal sinalizado. "Eu já tenho um outro navegador, mas acabei recebendo algumas multas. Não sou de correr, mas uma vez fui multado por estar a 48 km/h em um local onde o limite era 40 km/h e eu não sabia.
" Por isso, no início do ano ele comprou um antirradar para usar com o GPS."
A procura pelo produto está crescendo, porque ele não é ilegal, não está burlando nenhum sistema. Via satélite, ele localiza os radares. Também orienta os motoristas com um bipe quando eles estão se aproximando e avisa sobre o limite de velocidade", disse César Romano, que vende um dos produtos no mercado.
Os GPSs, por sua vez, custam menos – os mais baratos saem por volta de R$ 200. Os preços sobem de acordo com o tamanho do equipamento e suas funções. Na Rua Santa Ifigênia, no centro, um vendedor explica que eles não estão falhando ao apontar os radares. "É que eles foram desenvolvidos para flagrar os equipamentos que estão fixos, não aqueles que CET e polícia instalam cada dia em um lugar", disse.
O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) esclarece que os aparelhos de GPS são liberados, inclusive os que alertam sobre a existência de radares nas vias. Já os sistemas antirradar mais antigos estão proibidos, pois emitiam frequência e interferem no funcionamento dos equipamentos. Segundo o Código de Trânsito, usá-los é infração grave, com multa de R$ 191,54 e perda de sete pontos na carteira de habilitação. Na hora da compra, é preciso perguntar se o aparelho é por frequência.
(Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 13/07/2011)