Quinze tendências que moldarão o futuro da Internet, segundo a Cisco
A Internet já se tornou um item básico para a maioria dos seres humanos. Para compreender a evolução dessa rede, a Cisco libera um estudo anual, que ajuda a traçar um panorama com relação ao futuro da web.
A edição mais recente do Visual Networking Index (VNI) aponta quatro forças propulsores do que está por vir: aumento da quantidade de usuários, mais dispositivos conectados, expansão da velocidade de conexão e explosão do vídeo.
De acordo com a fabricante, atualmente, existem cerca de 3 bilhões de usuários de internet. Esse número será de aproximadamente 4,1 bilhões em 2020. Dessa forma, os recursos de conectividade chegarão a 52% da população mundial.
O número de dispositivos conectados saltará de 16,3 bilhões para 26,3 bilhões. Segundo Hugo Baeta, diretor da Cisco, aproximadamente 12 bilhões desse total virão de comunicação entre máquinas (M2M).
No Brasil, o número de usuários passará de 97 milhões para 141 milhões em 2020. Esse total projetado representa 65% da população brasileira conectada. O número de dispositivos passará de 519 para 766 milhões (uma proporção de 3,6 dispositivos por pessoa). A Cisco aponta que a velocidade média de conexão passará d de 8,5 Mpbs para 19,5 Mbps e o vídeo representará 85% do tráfego total
Olhando para o contexto regional, ao final da década, a América Latina terá 394 milhões de pessoas na Internet. Em termos de dispositivo, serão 2 bilhões de aparelhos conectados em território latino americano. “O crescimento não é mais impulsionado por usuários, mas por conexão máquina a máquina”, afirma o executivo.
O estudo da Cisco projeta 15 tendências que moldarão o futuro da internet.
1. Crescimento das conexões M2M. Cada vez mais, o futuro da internet será recheado por máquinas. Segundo De acordo Baeta, as conexões M2M representarão 46% do total, seguido por telefones móveis (21%).
2. Mais aparelhos capazes de rodar vídeos. “Vemos que os smartphones terão uma predominância nesse contexto”, projeta o diretor, sinalizando esses dispositivos como predominantes no consumo de recursos em vídeo em 2020.
3. Média de tráfego por dispositivo crescerá exponencialmente. O volume de tráfego nos aparelhos passará por uma expansão acentuada. Atualmente, a média de consumo mensal de um módulo M2M gira na casa dos 139 Mbps. Até o final da década, esse número saltará para 458 Mbps. A mesma evolução pode ser vista nos smartphones, saindo 1,389 para 7,872 Mpbs por mês.
4. Queda nas conexões via PC. O estudo da Cisco indica que os PCs vão perder força no tráfego total. Os smartphones tomarão o lugar dos computadores, saindo de 8% para 30% do tráfego em 2020.
5. O advento da IoT. As conexões M2M impulsionarão a quantidade de conexões. “Os tipos de conexão mais comuns hoje são de casas, ambientes empresariais e carros conectados”, lista o diretor, afirmando que essas três frentes continuam sendo dominantes em quantidade de conexões, além de terem crescimento significativo nos próximos anos.
6. IPv6 avança. O IPv6 passará por uma evolução exponencial do que o tráfego geral da internet, com 74% de crescimento médio global até 2020.
7. Conteúdo em alta. O HD impactará o mundo IP. Em 2020, o Brasil terá 56% de conteúdo em alta definição trafegando em internet, contra 63% no mundo.
8. Novas fontes de entretenimento. Muitos usuários migrarão de serviços de TV por assinatura tradicionais para o streaming. “Isso é uma tendência em mercados mais desenvolvidos, mas não é algo observado no Brasil. Mas, à medida que o mercado amadurece, passa a valer em solo nacional”, pondera.
10. Cada vez mais sem fio. Em 2018, o número de acessos móveis e Wi-Fi supera os acessos de fixos.
11. Consumo intenso. O uso de banda por usuário passará de uma média atual de 19 Gb para 44 Gb por mês. O tráfego médio em uma residência sairá de 49 Gb par 118 Gb por mês. No Brasil o consumo em média por usuário passará de 16 Gb para 32 Gb e de uma casa sairá de 42 Gb para 90 Gb por mês.
12. O mundo ajusta os planos. De acordo com a Cisco, há um aumento dos limites nos serviços de dados pelos provedores ao redor do mundo, isso se alinha com o cenário de aumento de tráfego. Na mesma medida, as operadoras enfrentam o desafio de atender o tráfego de momentos de pico.
13. Mais velocidade. A velocidade média global das conexões será de 47,7 Mbps em 2020. No Brasil, a média deve chegar a 19,5 Mbps.
14. Serviços diversos. De acordo com a pesquisa, o mundo verá um aumento na utilização de serviços de vídeo sob demanda e transmissão ao vivo usando redes IP. No mundo doméstico, espera-se avanço na adoção de redes sociais, mobile banking e commerce. No ambiente empresarial, há uma tendência de adoção de comunicação unificada e serviços com recursos baseados em contexto de localização.
15. Mais inseguro. O número de ataques DDoS chegará a 17 milhões em 2020 (contra 2.6 milhões registrados em 2015.
origem: http://computerworld.com.br/quinze-tendencias-que-moldarao-o-futuro-da-internet-segundo-cisco
Sirlei Madruga de Oliveira
Editora do Guia do CFTV
sirlei@guiadocftv.com.br
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