A importância do Modus Operandi no Reconhecimento Facial
Por Matheus Torres*
O Facewatch, sistema de reconhecimento facial britânico trazido pela Staff para o Brasil, compara imagens cadastradas no banco de dados do sistema com o streaming ao vivo de imagens captadas pelas câmeras de monitoramento e ou posicionadas em pontos estratégicos. Em seguida, o software gera um alerta e uma imagem comparativa informando o percentual de similaridade, câmera onde foi gerado o alerta, identificação da categoria de suspeito identificado no perímetro. Todo esse processo é feito dentro dos termos do GDPR que garante ao cliente a segurança de que todo o processo é auditável e legalmente sólido e ao cidadão comum de que sua imagem não estará sendo indevidamente utilizada e/ou armazenada em nenhuma das etapas do processo.
“O papel de uma ferramenta de reconhecimento facial é adicionar uma camada de inteligência e utilizar a tecnologia para agregar o fator preditivo no processo de segurança, mas quem tem a decisão final é o homem.”
O papel da ferramenta é adicionar uma camada de inteligência e utilizar a tecnologia para agregar o fator preditivo no processo de segurança, mas quem tem a decisão final é o homem. O operador no Centro de Controle que decide se é ou não o suspeito e a equipe de segurança deve definir e treinar o modus operandi mais eficaz para evitar constrangimento e manter a segurança dos demais indivíduos presentes. O trabalho do Facewatch vai até o alerta.
O maior shopping de volume de pessoas por dia do Rio de Janeiro é nosso cliente. Lá o modus operandi foi criado e é constantemente treinado com o reconhecimento facial em mente. Após ser feita checagem, o padrão é comunicar a polícia, acompanhar o suspeito pelo shopping e deixá-lo (a) à vontade. Assim, que ele se direcionar à saída e pisar fora do Shopping é feita a abordagem. Essa medida visa preservar as vidas dos demais frequentadores, em caso de uma eventual resistência e ou confronto com arma de fogo. O suspeito é preso sem nenhum tiro e sem chamar a atenção dos demais.
Recentemente, o Facewatch esteve auxiliando na segurança do Maior São João do Mundo em Campina Grande. Câmeras posicionadas estrategicamente monitoravam todos os pontos de acesso ao Parque do Povo. O software foi administrado pela Polícia local que carregou a base de dados e ficou responsável pela recepção dos alertas, a partir daí os operadores que eram policiais acionavam a equipe de segurança privada no local e monitoravam os indivíduos dando suporte direto da central de monitoramento localizada dentro das imediações do evento. Nesse aspecto cabe ressaltar que a força policial foi devidamente treinada em todos os níveis de operação e uso da ferramenta para que todo o processo, do ponto de vista de tecnologia, também fosse administrado pela segurança pública.
“É a comunicação entre os entes e a unificação das regras de engajamento que trazem resultados rápidos e evidentes”
A comunicação entre os entes e a unificação das regras de engajamento fizeram com que os resultados fosses rápidos e evidentes, vale ressaltar que o primeiro alerta confirmado, seguido de prisão ocorreu dentro da primeira meia hora de ativação do software. O saldo foi bem positivo: 11 prisões, mais de 150 abordagens e, o mais incrível, uma redução de 90% nos número de incidentes comparado ao ano de 2018.
O reconhecimento facial é um importante aliado na luta pela segurança. A sociedade merece ter a certeza de que o ambiente está seguro. No que depender da Retina /Staff, vamos mudar essa cruel realidade.
Matheus Torres É CEO da Retina Tec e diretor de operações da The Staff of Technology Solutions